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Após atos contra o regime, iranianos marcham a favor do governo

Protestos antigoverno resultaram em 21 mortes e centenas de prisões

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 4 jun 2024, 17h50 - Publicado em 3 jan 2018, 13h35
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  • Manifestação pró-governo no Irã
    Manifestantes pró-governo seguram cartazes com a foto do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei e do fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini, durante marcha em resposta aos protestos contra o governo na cidade de Qom - 03/01/2018 (Mohammad Ali Marizad/AFP)

    A televisão estatal iraniana divulgou imagens de milhares de pessoas que se manifestavam a favor do governo, no que parece ser a maior resposta favorável ao regime após dias de protestos.

    Ainda não está claro quem organizou a manifestação pró-governo, mas elas ocorrem após a maior onda de protestos antigoverno no país em quase uma década, que resultou em 21 mortes confirmadas e em centenas de prisões.

    Vídeos compartilhados nas redes sociais nos últimos dias mostram os atos contra o regime, alguns pacíficos e outros violentos. É difícil, porém, medir a extensão deles, diante dos limites para o trabalho da imprensa estrangeira e da escassa cobertura nos veículos estatais.

    Na manhã desta quarta-feira, grandes multidões que apoiam o governo e o Líder Supremo, aiatolá Ali Khamenei, tomaram cidades pelo país. Algumas pessoas levavam fotos de Khamenei e do aiatolá Ruhollah Khomeini, o primeiro líder da República Islâmica do Irã. Outros entoavam gritos, entre eles “Morte à América”.

    Protestos contra o governo, em geral, têm ocorrido no fim da tarde. Convocações para novos atos nesta quarta-feira circulam nas redes sociais.

    A recente onda de protestos começou na última quinta-feira em Mashhad, a segunda maior cidade do país, mas logo se espalhou por dezenas de outras. Inicialmente com foco na inflação de dois dígitos e no desemprego no governo do presidente Hassan Rohani, os protestos se ampliaram para uma crítica ao sistema iraniano e a Khamenei.

    Mais de 450 manifestantes foram presos na capital Teerã nos últimos dias e centenas de outros foram detidos em todo o país, segundo autoridades. Um funcionário do Judiciário disse que alguns podem enfrentar a pena de morte. Essas são as maiores manifestações desde os tumultos que se seguiram à questionada reeleição do então presidente Mahmoud Ahmadinejad, em 2009.

    Nos últimos dias, as autoridades prometeram uma resposta vigorosa e bloquearam o acesso a sites e redes sociais usadas pelos manifestantes para se organizar. Foi bloqueado, por exemplo, o aplicativo de mensagens Telegram, utilizado por milhões de iranianos. Rohani disse no domingo que os iranianos têm o direito de protestar, mas que a violência e o vandalismo não serão tolerados.

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    Já Khamenei, que tem a palavra final sobre questões de Estado no sistema iraniano, falou pela primeira vez na terça-feira e culpou inimigos do Irã pelos distúrbios. O Líder Supremo não disse quais inimigos seriam, mas alguns líderes internacionais demonstraram apoio aos protestos.

    Resposta americana

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem se manifestado nos últimos dias pelo Twitter com elogios aos manifestantes e críticas aos líderes do país. “Grande respeito pelo povo do Irã, que tenta recuperar seu governo corrupto. Vocês verão um grande apoio do dos Estados Unidos no momento apropriado!”, tuitou nesta quarta-feira.

    O Departamento de Estado americano também se manifestou sobre o assunto e criticou a reação do governo iraniano aos protestos e às tentativas de bloquear o acesso a redes sociais e outros sites. “Nós apoiamos o povo iraniano e que suas vozes sejam ouvidas”, afirmou a porta-voz Heather Nauert.

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    O Departamento de Estado também pediu que as empresas de tecnologia e redes sociais garantam que “a livre circulação de informações não seja interrompida”.

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