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Ao menos 52 morrem em novos bombardeios na Síria

Annan cobra acesso imediato de observadores da ONU à cidade de Al-Haffa

Por Da Redação
11 jun 2012, 13h00

O Exército sírio manteve nesta segunda-feira os bombardeios a vários redutos rebeldes, dexiando ao menos 52 pessoas mortas, afirmou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Entre as vítimas, há pelo menos 28 civis, 20 soldados e quatro rebeldes.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

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O Exército bombardeou com a ajuda de helicópteros a cidade de Rastan, na província de Homs (centro), que é controlada por rebeldes há meses, disse a ONG. Em Qousseir, também na província de Homs, rebeldes atacaram um posto de controle do Exército e dois civis foram mortos por militantes pró-governo, de acordo com a mesma fonte.

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Os bombardeios também atingiram a cidade de Haffi, na província de Latakia (noroeste), atacada há seis dias, segundo ativistas. A situação é ‘terrível’ e os tanques do Exército ‘estão às portas da cidade’, disse um deles, Sema Nassar. “Há apenas um médico que trata todos os feridos na cidade”, abandonada pela maioria dos seus 30.000 habitantes, de acordo com ele. “Ainda há alguns rebeldes e civis armados que ajudam a defender a cidade”, acrescentou.

Os combates se intensificaram nos últimos dias em várias cidades do país e atingiram Damasco. O Exército Sírio Livre (ESL), formado principalmente por militares dissidentes, aumenta cada vez mais o número de baixas do regime. Mais de 14.100 pessoas morreram desde o início da revolta, em 15 de março de 2011, segundo o OSDH. Além das forças de segurança, outro alvo cada vez mais frequente dos rebeldes tem sido a infraestrutura de distribuição de energia da Síria.

Um atentado praticado com um explosivo danificou nesta segunda-feira de manhã um gasoduto no leste do país, provocando o vazamento de 400.000 metros cúbicos de gás, afirmou a agência de notícias oficial síria Sana, acusando “um pequeno grupo terrorista armado”. “Um pequeno grupo terrorista armado atacou utilizando um artefato explosivo no início desta manhã de segunda-feira o gasoduto que liga o campo de Amr, da Al-Furat Petroleum Company, em Deir Ezzor (leste), a Homs (centro), a cerca de 20 quilômetros do campo”, disse a Sana.

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ONU – Também nesta segunda-feira, o enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, disse que os observadores das Nações Unidas desdobrados na Síria devem ter acesso ‘imediato’ à cidade de Al-Haffa, e pediu às partes envolvidas para evitarem novas vítimas civis. Segundo um comunicado divulgado por Ahmad Fawzi, porta-voz do enviado especial, Kofi Annan ‘está muito preocupado com os últimos relatórios de violência no país e pelo aumento da violência que parte tanto do governo como das forças opositoras’.

O pedido do enviado especial acontece depois dos fatos registrados na última quinta-feira, quando os membros da Missão de Supervisão da ONU na Síria (UNMIS) foram impedidos de entrar na cidade de Al Koubeir, o mesmo local onde teria ocorrido um massacre no dia anterior.

Os 300 observadores da ONU deveriam ter acesso livre por todo território sírio, segundo estabelece o plano de paz de Annan, uma mediação que não alcançou resultados até o momento. Isso porque, a sua principal premissa, o cessar-fogo, ainda não foi alcançado quando teoricamente deveria estar em vigor.

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(Com agências EFE e France-Presse)

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