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Plano de paz na Síria funciona, mas de forma irregular e lenta

Por Da Redação
4 Maio 2012, 07h59

Genebra, 4 mai (EFE).- O plano de paz proposto pelo mediador internacional para a Síria, Kofi Annan, está funcionando, embora de maneira irregular e lenta, reconheceu nesta sexta-feira em Genebra seu porta-voz, Ahmed Fawzi.

Fawzi avaliou que um conflito em vigor há mais de um ano não pode ser solucionado ‘em um dia ou uma semana’.

‘O senhor Annan recebeu a incumbência (de exercer uma mediação diplomática) há aproximadamente dois meses, porque nada funcionava e os níveis de violência não diminuíam. Concordo que não há grandes sinais de o plano estar sendo cumprido, mas há pequenos sinais’, indicou em entrevista coletiva.

‘Algumas armas pesadas foram retiradas (de zonas residenciais), algumas permanecem. Alguns episódios de violência continuam, alguns cessaram. Isto não é satisfatório, mas há sinais de movimentos lentos no terreno’, acrescentou Fawzi.

Ele admitiu, no entanto, que o tempo é curto, mas pediu que a situação na Síria seja analisada de forma realista porque demorará um pouco para ‘conseguir afinar todas as cordas’.

Semanas depois de o Governo sírio aceitar formalmente o plano de Annan, a violência e a morte de civis persiste na Síria, o que gerou pessimismo na comunidade internacional e fez com que os analistas e a imprensa dessem por fracassada a mediação do ex-secretário-geral das Nações Unidas.

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Fawzi discorda e acredita que além dos pequenos avanços visíveis, ‘também há sinais por trás dos bastidores’, já que em um delicado processo de mediação como este não é tudo que pode ser submetido à avaliação pública.

Ele destacou que uma das maiores conquistas da proposta de Annan foi conseguir a unidade do Conselho de Segurança da ONU, que após meses de discórdia sobre o caso da Síria – pela oposição da China e Rússia a condenar o regime de Bashar al Assad – adotou ultimamente posições unânimes de apoio às propostas do mediador internacional.

Fawzi afirmou desconhecer as estatísticas sobre as violações ao cessar-fogo, mas acrescentou que seria interessante contar com elas para avaliar a situação e a tendência no país.

Essas violações, acrescentou, podem ter distintas formas e ir desde o uso de armamento pesado, violações dos direitos humanos a outros tipos de abusos, ‘o que é extremamente difícil de documentar’.

Por outra parte, o porta-voz de Annan disse que o número de observadores enviados pela ONU à Síria chegará nesta sexta-feira a 50, entre militares e civis.

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O número de observadores ‘aumenta diariamente’ e quando eles chegam à Síria são divididos entre várias cidades, incluindo Damasco e Homs, entre outras.

‘É um esforço de mediação complexo e difícil. Há dias em que as coisas progridem de maneira satisfatória e outros dias em que sentimos que as coisas são tão difíceis que necessitamos muita paciência e perseverança’, disse.

Entretanto, ele acrescentou que mesmo em um dia considerado satisfatório, o alcance da violência assusta.

Annan informará novamente ao Conselho de Segurança da ONU sobre a implementação de seu plano na próxima terça-feira desde Genebra, por teleconferência. EFE

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