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Anistia Internacional denuncia escalada da repressão no Irã

E quer ajuda internacional contra sistemáticas violações de direitos humanos

Por Da Redação
28 fev 2012, 09h22

Enquanto a atenção do mundo está voltada para as recentes revoltas em países árabes, como a que deixa a Síria à beira de uma guerra civil, o Irã reprime a oposição com impunidade. É o que informa um relatório divulgado nesta terça-feira pela Anistia Internacional. A organização denuncia uma escalada da repressão no país no último ano, com base nos registros de “violações de direitos humanos sistemáticas e persistentes” que verificou no Irã.

“É essencial que novas violações de direitos humanos em massa sejam evitadas, que a comunidade internacional aja em nome de centenas, se não milhares, de prisioneiros após julgamentos injustos no Irã”, diz a Anistia no relatório.

O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, celebrou as revoltas árabes, classificando-as como “o despertar islâmico” espelhado na revolução do Irã de 1979. Porém, após as eleições de 2009, a República Islâmica tem reprimido vozes semelhantes às da revolta árabe em seu território. “Desde as revoltas de 2009, as autoridades têm aumentado consideravelmente a repressão na lei e na prática, além de aumentar o cerco à imprensa”, diz a organização.

“Qualquer coisa, desde formar um grupo social na internet, entrar em uma ONG ou expressar sua oposição pode te levar à prisão”, afirmou Ann Harrison, membro do programa de Oriente Médio e Norte da África da Anistia. Neste mês, o blogueiro Mehdi Khazali foi condenado a quatro anos e meio de prisão, seguidos de 10 anos de exílio, por “espalhar propaganda contra o sistema”, “conspirar contra a segurança nacional” e “insultar oficiais”, de acordo com a organização. “Este relatório espantoso mostra a hipocrisia das tentativas do governo iraniano de mostrar sua solidariedade com as revoltas de Egito, Bahrein e outros países da região”, destacou Harrison.

A Anistia Internacional pediu que o mundo pressione o Irã antes das eleições, marcadas para março. Segundo a organização, a controvérsia sobre o programa nuclear iraniano pode ofuscar o problema dos direitos humanos no país.

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