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Ancestrais diretos do rei Charles escravizaram africanos, revela jornal

Registros analisados pelo 'The Guardian' mostram que antepassado do rei estava envolvido na compra de pelo menos 200 africanos escravizados

Por Da Redação
Atualizado em 27 abr 2023, 09h12 - Publicado em 27 abr 2023, 09h01
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  • (FILES) In this file photo taken on January 26, 2023 Britain's King Charles III looks on during a visit of the Africa Centre, in Southwark, Greater London. - The coronation ceremony of Britain's King Charles III and his wife, Britain's Camilla, Queen Consort, as King and Queen of the United Kingdom and Commonwealth Realm nations is scheduled to take place at Westminster Abbey, in London, on May 6, 2023. (Photo by Jack Hill / POOL / AFP)
    O rei Charles III foi o primeiro monarca a abrir os arquivos de Buckingham para permitir investigação sobre conexões da família real com a escravidão. 26/01/2023 - (Jack Hill/AFP)

    Ancestrais diretos do rei Charles III e da família real britânica compraram e exploraram africanos escravizados em plantações de tabaco na Virgínia. É o que revela uma nova pesquisa nesta quinta-feira, 27, à qual o jornal britânico The Guardian teve acesso.

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    Um documento mostra que um antepassado do rei esteve envolvido na compra de pelo menos 200 escravos da Royal African Company (RAC), em 1686.

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    O documento instrui o capitão de um navio a entregar os africanos escravizados a Edward Porteus, proprietário de uma plantação de tabaco na Virgínia, e a dois outros homens. O filho de Porteus, Robert, herdou a propriedade de seu pai antes de se mudar com a família para a Inglaterra, em 1720. Mais tarde, uma descendente direta, Frances Smith, casou-se com o aristocrata Claude Bowes-Lyon. A neta deles era Elizabeth Bowes-Lyon, a falecida rainha-mãe e avó de Charles.

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    Os documentos que estabelecem a árvore genealógica foram encontrados por acaso pela pesquisadora Desirée Baptiste – consultora de história sobre o tráfico transatlântico de escravizados –, ao investigar as ligações entre a Igreja Anglicana e os escravizadores da Virgínia, para um artigo de sua autoria.

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    No início deste mês, o Guardian já havia publicado um documento que ligava o comerciante de escravos Edward Colston à monarquia britânica. Já a descoberta de Baptiste revela uma linha direta que vai dos Windsor ao tráfico de africanos escravizados.

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    A RAC, que traficou quase 180 mil pessoas escravizadas, recebeu cartas de sucessivos reis ingleses. Na pesquisa recém-publicada, altos funcionários do RAC, assinando uma carta com “seus amigos amorosos”, instruíram o capitão de um navio a entregar “negros” a Edward Porteus.

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    O testamento de Eduardo Porteus, outro documento examinado por Baptiste, referia-se a “negros” que ele deixou ao filho Robert. Eduardo Porteus também deixou para sua esposa, Margarida, “minha negrinha Cumbo”.

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    A Virgínia é um estado relevante na história da escravidão nos Estados Unidos, por causa de um infame desembarque de africanos escravizados em Jamestown em 1619. As leis estaduais para garantir a manutenção da escravidão e suprimir revoltas incluíam chicotear e desmembrar pessoas, cortando um pé.

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