Um dos três americanos detidos na Coreia do Norte pediu novamente o apoio do governo dos Estados Unidos para que Washington atue para libertá-lo. Em uma entrevista publicada nesta quinta-feira no jornal japonês Chosun Sinbo – favorável ao governo norte-coreano -, Jeffrey Fowle afirma que está muito preocupado, pois teme ter o mesmo destino dos outros americanos que recentemente foram julgados pelo regime de Pyongyang. Kenneth Bae e Matthew Miller foram condenados a penas de prisão de trabalho forçado.
Fowle, de 56 anos, entrou na Coreia do Norte em abril e foi detido depois de, segundo os norte-coreanos, deixar uma Bíblia em um clube noturno no porto de Chongjin, no norte do país. Apesar de a liberdade religiosa constar na Constituição norte-coreana, na prática ela não existe e a atividade religiosa está severamente restrita a grupos reconhecidos oficialmente e vinculados ao governo. As autoridades anunciaram que Fowle será julgado por “cometer atos hostis”, mas a data ainda não foi divulgada.
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O missionário Bae foi detido em 2012 e condenado em abril do ano passado pela Suprema Corte norte-coreana a 15 anos de trabalhos forçados por violar o artigo 60 da Constituição do país, que faz referência a crimes com o objetivo “de derrubar o regime” comunista. Há duas semanas, Miller foi condenado a seis anos de prisão e de trabalhos forçados por ter cometido “atos hostis” contra a Coreia do Norte. Miller foi detido em abril após “rasgar seu visto de turista em pedaços e gritar que solicitaria asilo na Coreia do Norte”, segundo relataram os meios de comunicação estatais.
(Com agência France-Presse)