Paula Broadwell, a amante do ex-diretor da CIA David Petraeus, teve impedido o seu ‘acesso a segredos de defesa’ depois que documentos classificados como secretos foram encontrados em seu computador. O privilégio permitia a Broadwell ter acesso a documentos da defesa nacional considerados secretos.
“Foram adotadas medidas apropriadas em relação à habilitação e à autorização de acesso desta oficial”, confirmou nesta quinta-feira o tenente-coronel James Gregory, que, no entanto, se negou a precisar o significado exato da expressão ‘medidas apropriadas’.
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Ex-oficial do Exército americano, Paula realizou seus estudos na Universidade de Harvard, especializando-se em comando militar, e dedicando-se depois a uma biografia do general Petraeus, com quem manteve um relacionamento. Investigada no final de outubro pelo FBI, ela entregou o seu computador, no qual foram encontrados documentos confidenciais. Paula afirmou que o diretor da CIA não era a fonte desses documentos.
O FBI revistou na segunda-feira passada a residência de Broadwell em Charlotte (Carolina do Norte, sudeste dos EUA), levando várias caixas com documentos, segundo o jornal The Washington Post. Em declarações feitas no final de outubro ao FBI, David Petraeus, que renunciou na sexta-feira passada a seu cargo de diretor da CIA quando o caso extraconjugal foi revelado, rejeitou que tivesse violado as normas de segurança sobre documentos secretos.
FBI – O jornal The New York Times identificou na quarta-feira o agente do FBI que descobriu o caso extraconjugal de Petraeus e teria ficado muito ‘envolvido’ com o caso. Frederick W. Humphries II, de 47 anos, é veterano agente de contraterrorismo visto como um dos responsáveis por evitar, em 1999, o ataque a bomba no aeroporto de Los Angeles.
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O caso extraconjugal do ex-diretor da CIA veio à tona durante uma investigação do FBI sobre e-mails enviados por Paula a Jill Kelley, de 37 anos, que é amiga de Petraeus e sua família. Apesar de morar em Tampa, na Flórida, ela é amiga de fontes governamentais importantes da capital Washington. Aparentemente, Paula tinha ciúmes de Jill, e teria mandado mensagens à suposta rival em tom ameaçador.
Humphries, amigo de longa data de Jill, teria sido o primeiro a ficar sabendo dos e-mails, e iniciou a investigação. No entanto, uma foto do agente sem camisa enviada à Jill levantou suspeitas sobre um outro caso extraconjugal. Lawrence Berger, advogado da associação de agentes, disse que a foto não era ‘sexual’.
(Com agência France-Presse)