O grão-aiatolá Ali Khamenei voltou a desafiar as potências ocidentais com o programa nuclear desenvolvido no Irã. Um dia depois de a União Europeia anunciar novas sanções contra o país, o aiatolá declarou nesta terça-feira que o Irã vai persistir no programa. “Eles (os ocidentais) dizem que as pressões tendem a levar o Irã para a mesa de negociação, mas nós nunca permitiremos” isso, disse o aiatolá.
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Diplomacia – O porta-voz da chancelaria iraniana, Ramin Mehmanparast, considerou as sanções impostas contra o Irã “ilegais, irracionais e desumanas”. “A verdadeira razão destas sanções é a independência iraniana. Mesmo se a questão nuclear for resolvida, eles (os ocidentais) vão criar outras questões para pressionar o Irã”, afirmou.
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Sanções – Ontem, a União Europeia anunciou novas sanções, além do reforço de antigas sanções já em vigor, entre elas o embargo às transações de petróleo, em vigor desde julho.
Entre as novas medidas está a proibição de compra e venda de metais e de gás natural. As regras também colocam mais empecilhos à realização de transações comerciais com o país.
Histórico – Há cerca de dois anos, os países ocidentais impõem de forma progressiva um embargo econômico contra o Irã que provocou uma queda das exportações e da produção petroleira, além de uma desvalorização da moeda, o rial.
A comunidade internacional, em especial Estados Unidos e Israel, acredita que Teerã esteja trabalhando na construção de uma arma nuclear. O país, no entanto, nega a intenção e diz que seu programa nuclear tem fins meramente civis, mas não permite que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) inspecione suas instalações. A agência negocia desde janeiro a retomada da investigação sobre o programa nuclear iraniano, sem sucesso.
(Com Agência France-Presse)
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