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AIEA descobre urânio enriquecido a mais de 20% no Irã

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgou nesta sexta-feira a descoberta de partículas de urânio enriquecido a mais de 20% em instalações nucleares no Irã, algo que atribuiu a um erro técnico, uma explicação considerada crível por vários especialistas. Em um relatório divulgado nesta sexta-feira, a agência atômica da ONU informou que encontrou em […]

Por Atta Kenare
25 Maio 2012, 18h12
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  • A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgou nesta sexta-feira a descoberta de partículas de urânio enriquecido a mais de 20% em instalações nucleares no Irã, algo que atribuiu a um erro técnico, uma explicação considerada crível por vários especialistas.

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    Em um relatório divulgado nesta sexta-feira, a agência atômica da ONU informou que encontrou em fevereiro nas instalações subterrâneas de Fordo, 150 km ao sul de Teerã, amostras que continham “partículas cujo nível de enriquecimento atingia 27%”.

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    O grau de enriquecimento mais alto declarado pelo Irã é de pouco menos de 20%. Esse nível é muito inferior aos 90% necessários para fabricar bombas atômicas.

    As grandes potências ocidentais e Israel acusam o Irã de querer produzir a bomba atômica, algo que a República Islâmica desmente firmemente, assegurando que seu programa nuclear é meramente civil.

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    A questão do enriquecimento de urânio a 20% foi motivo de discórdia na quinta-feira em Bagdá, durante a negociação de Teerã com o Grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, além da Alemanha).

    A parte iraniana insistiu em seu “direito absoluto” de manter seu programa, apesar de ter se declarado aberta a discutir a questão, enquanto o Grupo 5+1 exigiu o fim do enriquecimento, segundo diplomatas.

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    O Irã explicou nesta sexta-feira que a produção dessas partículas “pode estar ligada a razões independentes do controle do operador” da usina.

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    A AIEA tomou novas amostras e está analisando.

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    O Irã “alega que se trata de um erro. Devemos verificar se é verdade ou não”, afirmou um alto responsável próximo ao assunto. “Isso pode ocorrer”, completou.

    Para Mark Fitzpatrick, especialista em não proliferação no Instituto Internacional de Estudos Estratégicos de Londres, trata-se “provavelmente de um erro técnico”.

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    Segundo explicou à AFP, ao se ativar o processo “não é raro superar o objetivo de nível de enriquecimento”.

    Para Mark Hibbs, da Fundação Carnegie para a Paz Internacional, a descoberta não constitui “uma prova de que o Irã enriqueceu clandestinamente urânio acima dos 20%”.

    No momento, a ONU adotou seis resoluções de condenação ao Irã por seu programa nuclear. Delas, quatro contém sanções, principalmente pelo enriquecimento de urânio.

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    A AIEA reiterou seu pedido para acessar rapidamente a instalação militar de Parshin, perto da capital, onde registrou uma “atividade importante” e incomum ao redor de edifícios suspeitos.

    O acesso a Parshin foi negado aos especialistas da AIEA em duas missões efetuadas no início do ano.

    A AIEA suspeita que o Irã tenha efetuado nessa base militar testes de explosões convencionais, aplicáveis ao teste de uma bomba nuclear, o que a República Islâmica desmente.

    A agência pediu também ao Irã que feche rapidamente um acordo com base em um “enfoque estruturado”, destinado a esclarecer a natureza de seu programa nuclear.

    Ao retornar de uma breve viagem a Teerã, o diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, declarou esta semana que havia combinado com as autoridades iranianas a próxima assinatura de um acordo.

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