Ahmadinejad diz que filme anti-Islã é conspiração de Israel
Enquanto isso, EUA alertam governos ocidentais a proteger embaixadas
O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad disse nesta sexta-feira que a defesa da liberdade de expressão por parte do Ocidente em relação ao filme anti-Islã e as charges que satirizam Maomé são uma conspiração de Israel para aumentar a tensão entre as religiões.
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“Para se salvar do colapso, os sionistas sem cultura começaram a conspirar para acender confrontações religiosas no mundo com líderes ocidentais justificando essas conspirações diabólicas”, disse Ahmadinejad. “Se o Ocidente acha que insultar o profeta faz parte da liberdade de expressão, então por que, por uma simples questão histórica, eles oprimem e prendem pesquisadores e até ameaçam uma questão inteira, o Irã?”, questionou o ditador, para quem o Holocausto não existiu.
EUA – Também nesta sexta-feira, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, advertiu que todos os países do mundo têm o dever de proteger as representações diplomáticas dos demais estados, de acordo com a Convenção de Viena. “Todos os governos têm o dever, o dever solene, de defender as missões diplomáticas. Devem ser lugares seguros e protegidos”, afirmou Hillary em referência ao ataque ao consulado dos Estados Unidos na Líbia, que matou o embaixador Christopher Stevens e outros três americanos.
A Convenção de Viena de 1961, que rege as relações diplomáticas entre Estados, é um tratado internacional que estipula, entre outras coisas, que a segurança externa das missões diplomáticas e consulares é responsabilidade dos Estados hóspedes.
(Com agência France-Presse)