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Agricultores fecham estradas ao redor de Paris em protesto contra governo

Fazendeiros franceses exigem impostos mais baixos sobre diesel e preços maiores para produtos agrícolas; aumenta pressão sobre novo premiê, Gabriel Attal

Por Da Redação
26 jan 2024, 15h59

Em meio aos protestos contra impostos altos sobre o diesel, os baixos preços dos alimentos e o excesso de burocracia para agricultores, fazendeiros franceses bloquearam nesta sexta-feira, 26, as principais rodovias que ligam Paris à cidade de Lille, no norte do país, e à Bélgica. Os bloqueios nas estradas fazem crescer a pressão sobre o novo primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, que, segundo representantes do setor, não faz o suficiente para melhorar suas condições de trabalho.

“Iremos direto a Paris para destacar a nossa raiva, as nossas queixas”, disse o agricultor Matteo Legrand à agência de notícias Reuters.

A filial da Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores (FNSEA), localizada na capital francesa, afirmou que instalaria 11 bloqueios nas principais estradas dos eixos suburbanos em torno da cidade. Entre estes bloqueios está incluída a paralisação das rodovias A6, A10 e A13.

A França é o maior produtor agrícola da União Europeia, tendo milhares de produtores independentes de carne, laticínios, frutas, legumes e vinhos.

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Pressão sobre o governo

Em visita à cidade de Haute-Garonne, no sul do país e perto da fronteira com a Espanha, Attal afirmou que o governo vai abandonar os planos de redução dos incentivos fiscais ao gasóleo destinado à agricultura, uma das principais queixas dos fazendeiros.

“Decidimos colocar a agricultura acima de tudo”, argumentou Attal que em seguida prometeu incentivar os cidadãos franceses a comprarem produtos nacionais. “Recebemos sua mensagem em alto e bom som”, acrescentou.

Ainda lutando para aliviar as tensões crescentes, o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, e o ministro da Agricultura, Marc Fesneau, conversaram com os responsáveis da indústria alimentar sobre medidas para aplicar valores mais justos aos produtos. Segundo os agricultores, o governo constantemente tenta reduzir os preços aos consumidores, medida considerada prejudicial a eles.

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“A questão central são as receitas dos agricultores”, disse Maire após a reunião, afirmando que o governo iria “duplicar” a aplicação de uma lei que visa garantir preços justos aos produtos alimentares.

Protestos em massa

Além da França, outros países europeus registraram comícios, barricadas e bloqueios de agricultores. Na Alemanha, milhares de fazendeiros se reuniram no dia 14 de janeiro para protestar contra os planos de acabar com as isenções fiscais sobre combustíveis para veículos agrícolas. Tratores inundaram as estradas em direção a Berlim em uma manifestação que durou cerca de uma semana.

Já na Itália, houve um protesto contra a política agrícola da União Europeia e o aumento dos custos de produção nacional na segunda-feira 22. Nos arredores de Verona, no norte do país, agricultores acompanhados por cerca de 100 tratores ocuparam as ruas por quase dois dias. Em outras cidades, como Roma, Bolonha, Florença, Milão e Nápoles, a população geral aderiu à luta dos fazendeiros.

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Neste ano, espera-se que a agricultura seja um dos principais temas de campanha para as eleições do Parlamento Europeu, órgão legislativo do bloco, marcadas para junho.

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