Adolescente confessa autoria de massacre na Flórida
Nikolas Cruz foi condenado a prisão sem direito a fiança em um julgamento preliminar
Nikolas Cruz confessou ser matado 17 pessoas durante o massacre na escola Marjory Stoneman Douglas em Parkland, na Flórida, na última quarta-feira. A tragédia reavivou o debate sobre o acesso às armas nos Estados Unidos, em meio a indicações de negligência do FBI.
O adolescente de 19 anos se apresentou perante um juiz na quinta-feira, após ser denunciado por 17 acusações de homicídio premeditado. “Cruz declarou ser a pessoa que entrou no pátio da escola com um fuzil AR-15 e começou a atirar nos estudantes que viu nos corredores e no resto das instalações”, diziam os documentos judiciais de sua acusação.
O jovem, a quem o juiz determinou a prisão sem direito a fiança durante a audiência preliminar, também admitiu ter se desfeito do fuzil, que comprou legalmente na Flórida, e fugiu misturando-se à multidão que esvaziava a escola aterrorizada.
A defesa de Cruz declarou à imprensa que o cliente se encontra “profundamente arrependido”, “destruído” e que está “ciente do que está passando”.
Armas
Perante um país em choque pelo 18º ataque a tiros em uma escola este ano, o mais mortal depois do de Sandy Hook em 2012, o presidente Donald Trump evitou o polêmico tema do porte de armas.
Em discurso televisionado, ele prometeu melhorar os serviços de cuidado à saúde mental no país, depois que um “perturbado” abriu fogo na véspera contra estudantes e adultos em uma escola.
Vítimas
O Escritório do Xerife do Condado de Broward revelou na quinta-feira as identidades dos 17 mortos por Nikolas Cruz.
Na lista de vítimas divulgadas pelo xerife Scott Israel durante uma entrevista coletiva aparecem os nomes de três funcionários da escola: Aaron Feis, assistente de treinador de futebol americano, Chris Hixon, diretor de atletismo, e o professor de geografia Scott Beigel.
Outro falecido, Joaquin Oliver, de 17 anos, nasceu na Venezuela e aos 2 anos de idade mudou-se com sua família para os Estados Unidos. Em janeiro do ano passado, tornou-se cidadão americano, segundo informação da imprensa local.
As outras vítimas são: Peter Wang, Nicholas Dworet, Luke Hoyer, Alaina Petty, Jaime Guttenberg, Alex Schachter, Martin Duque, Alyssa Alhadeff, Helena Ramsey, Cara Loughran, Meadow Pollack, Gina Montalto e Carmen Schentrup.
(Com AFP e EFE)