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Acordo do Brexit é aprovado, mas Parlamento impõe nova derrota a Johnson

Legisladores recusaram cronograma proposto pelo premiê para votar todas as emendas do pacto sobre a saída da UE até 31 de outubro

Por Da Redação
Atualizado em 22 out 2019, 16h29 - Publicado em 22 out 2019, 16h09

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, obteve nesta terça-feira, 22, a aprovação preliminar do Parlamento para o seu acordo de saída da União Europeia (UE). Logo depois, contudo, sofreu mais uma grande derrota com a rejeição pelos legisladores do cronograma acelerado proposto para terminar de discutir a sua proposta antes de 31 de outubro, a data marcada para o Brexit.

O acordo de Johnson para o Brexit foi aprovado por 329 votos a favor e 299 votos contrários. Esta foi a primeira vez que a Câmara dos Comuns apoiou uma proposta de saída negociada pelo governo britânico com o bloco europeu.

A medida foi uma vitória para o premiê, mas foi logo ofuscada pela decisão dos legisladores de votar a chamada “moção do programa”, que estabelecia um cronograma acelerado para o Parlamento discutir e votar todas as emendas e detalhes do acordo. O objetivo de Johnson com a medida era garantir que todo o pacto estivesse aprovado até esta quinta-feira, 24, sete dias antes do prazo máximo para o Brexit.

A Câmara dos Comuns, contudo, rejeitou o cronograma por 322 votos contra e 308 a favor. Isso significa que as legislações necessárias para minimizar os impactos de uma saída da UE não estarão finalizadas até a data prevista do divórcio.

Johnson havia dito anteriormente que se não conseguisse votar todo o acordo até 31 de outubro convocaria novas eleições.

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Após as votações desta terça, contudo, o premiê afirmou que irá “pausar” a tramitação da proposta de acordo que negociou com a UE e aguardar a resposta do bloco sobre o pedido de extensão do prazo do Brexit enviado durante o final de semana.

“Nossa política permanece que nós não devemos postergar, que devemos deixar a UE em 31 de outubro e isso será o que eu direi à UE”, disse Johnson ao Parlamento, em meio a muitos gritos e vaias dos legisladores.

O primeiro-ministro disse ainda estar muito “alegre” com a aprovação do seu acordo, e afirmou que “pela primeira vez em muito tempo a Casa aceitou suas responsabilidades de forma unida”. Porém, reconheceu que seu governo também deve “tomar o único caminho responsável e acelerar as preparações para um cenário de saída sem acordo”.

Johnson convocou o Parlamento para uma sessão no sábado 19 para votar o acordo, algo que não acontecia desde a guerra das Malvinas em 1982. Os legisladores, contudo, adiaram a decisão e obrigaram o premiê a enviar o pedido de extensão do prazo à UE. 

Johnson, que disse em diversos momentos que preferiria “morrer em uma vala” antes de pedir a prorrogação do início do Brexit para o final de janeiro, aparentemente tentou sabotar sua própria solicitação de adiamento ao enviar um documento à UE sem sua assinatura.

Ainda assim, a Comissão Europeia afirmou que a forma como a carta foi enviada “não muda nada” e o bloco considera o pedido de extensão de qualquer maneira.

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