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20 anos da invasão do Kuwait pelo Iraque

Em agosto de 1990, o ditador iraquiano Saddam Hussein se aproveitou da fragilidade do Kuwait para invadir o país vizinho e se apossar do petróleo

Por Júlia Rodrigues
1 ago 2010, 10h10

Estando com o Kuwait sob controle, o ditador Saddam Hussein controlaria também a produção diária de 1,6 milhão de barris de petróleo e passaria a deter nada menos que 20% das reservas mundiais do combustível

O mundo estava em paz. A Guerra Fria havia acabado, a Alemanha fora unificada, mas o ditador iraquiano Saddam Hussein decidiu acabar com o equilíbrio mundial. Às 2h da madrugada do dia 2 de agosto de 1990, 60.000 soldados iraquianos e 350 tanques de guerra cruzaram a fronteira com o Kuwait, assumindo assim o controle da capital do país, a Cidade do Kuwait.

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A desculpa de Saddam para tomar posse do país vizinho teria sido a negação do governo kuaitiano em perdoar uma dívida de guerra do Iraque. Entretanto, estando com o Kuwait sob controle, o ditador controlaria também a produção diária de 1,6 milhão de barris de petróleo e passaria a deter nada menos que 20% das reservas mundiais do combustível -10% no país invadido e mais 10% no próprio Iraque (dados da época).

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As tropas kuaitianas, com pouco mais de 20.000 homens, não ofereceram resistência. O líder do país, Sheik Jaber Al-Ahmed Al-Sabah, fugiu de helicóptero para Arábia Saudita, país que o asilou.

Presidente Saddam Hussein (esquerda) visita tropas iraquianas acampadas em território do Kuwait, depois da invasão de 02 de Agosto de 1990
Presidente Saddam Hussein (esquerda) visita tropas iraquianas acampadas em território do Kuwait, depois da invasão de 02 de Agosto de 1990 (VEJA)

A rapidez com que Saddam Hussein comandou a invasão impossibilitou que os demais países conseguissem tomar alguma decisão para conter o exército iraquiano. Após muita discussão, na Europa Ocidental, nos EUA e no Japão, os governos foram praticamente unânimes em anunciar retaliações. As contas bancárias do Iraque e Kuwait foram congeladas na Alemanha e até mesmo na Suíça, onde estava depositada boa parte do seu dinheiro. Todo o comércio com os dois países do Golfo foi suspenso, inclusive as importações de petróleo. O Conselho de Segurança das Organizações das Nações Unidas também aprovaram a adoção de um embargo econômico completo contra o regime de Saddam, a menos que suas tropas se retirassem imediatamente do Kuwait.

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Em 17 de janeiro de 1991, as forças de coalizão, lideradas pelos Estados Unidos, lançaram a Operação Tempestade no Deserto, após Sadam Hussein ignorar o último pedido de retirada feito pela ONU. Os mísseis balísticos iraquianos conseguiram atingir alvos em Tel Aviv, em Israel, e Dhahran, na Arábia Saudita. O contra-ataque das forças de coalizão, também com mísseis, atingiu diversas bases inimigas – os aviões dos países ocidentais despejaram um total de 85.000 toneladas de bombas.

No final de fevereiro, após os aliados lançarem uma massiva operação por terra, as tropas iraquianas se retiraram do Kuwait, pondo fim à guerra que custou 102 bilhões de dólares (em valores atualizados). Além do déficit, o conflito deixou outro saldo negativo: mais de 200.000 soldados foram mortos no combate, sendo a maciça maioria das tropas iraquianas.

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