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Qual é o sentido do hambúrguer de planta imitar a carne?

A ideia não era evitar o produto animal? Eis um paradoxo

Por J.A. Dias Lopes Atualizado em 10 dez 2019, 05h54 - Publicado em 16 ago 2019, 06h45

Para quem gosta de comer carne, os hambúrgueres vegetais que pretendem imitar a textura e o sabor dos que são preparados tradicionalmente decepcionam. Têm a consistência pastosa demais e lhes falta a granulação natural, decorrente da fibra animal. Carecem também da umidade e do suco da carne. Além disso, por mais que camuflem, ainda permanecem com o paladar da leguminosa predominante em seu preparo, soja, grão-de-bico ou ervilha.

Mas os hambúrgueres vegetais sabor carne não se destinam a quem quer evitá-la? Eis um paradoxo. Por que, então, apresentar textura e sabor similares aos dela? Talvez fosse melhor deixar essas características neutras. A não ser que o público-alvo seja o das pessoas loucas por uma picanha malpassada ou uma costela gorda que, por convicções dietéticas, filosóficas ou até religiosas, se sintam culpadas depois de saborear a carne.

+ Até o Burger King está aderindo à carne vegetal

Não está em questão a qualidade dos produtos lançados agora no mercado, até porque são tecnicamente benfeitos, algo que os ajudará a surfar na onda vegana e talvez cair no gosto descolado dos jovens millennials, a faixa demográfica da população mundial nascida entre a década de 80 e o começo dos anos 2000.

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A soja, o grão-de-bico, a ervilha ou qualquer leguminosa recebem diversos tratamentos para que a textura do hambúrguer vegetal se assemelhe à da carne e passam por outros procedimentos destinados a obter um sabor parecido. Para que esses resultados sejam alcançados, faz-se necessária a intervenção científica. O espessante utilizado, por exemplo, costuma ser a metilcelulose, um composto químico derivado da celulose. Não há milagres na natureza: é inútil tentar recorrer a uma varinha de condão. Vegetal é vegetal; carne é carne.

Publicado em VEJA de 21 de agosto de 2019, edição nº 2648

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