Treinador é banido do atletismo por dopar a mulher e o filho
O goiano Ronaldo Quirino de Moraes injetou substância ilícita na família, maratonistas suspensos desde o começo do ano
Em decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Atletismo (STJD), a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) anunciou nesta quarta-feira a suspensão vitalícia do técnico goiano Ronaldo Quirino de Moraes por aplicar substância ilícita em sua mulher, Sueli Pereira da Silva, e no seu filho Ronald Moraes – ambos eram maratonistas do Cruzeiro e foram suspensos por quatro anos de qualquer atividade esportiva no começo do ano.
Sueli e Ronald confirmaram, em depoimento no STJD, que o próprio Ronaldo injetava eritropoeitina (EPO), elemento que consta na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). O medicamento influencia no aumenta do número de glóbulos vermelhos no sangue, o que prevê maior resistência aos atletas, favorecendo na disputa de provas longas como maratonas.
Sueli provavelmente teria vaga na Olimpíada do Rio, em agosto, após ser a melhor a melhor brasileira na última edição da São Silvestre, ficando em quarto lugar, e a melhor competidora nacional na Corrida de Reis, chegando em terceiro. Mas com o julgamento de seu caso de doping, Sueli, aos 39 anos, praticamente encerra a carreira no atletismo, já que ela só poderá voltar ao atletismo em 2020.
Na Corrida de Reis, disputada na cidade de Cuiabá, em janeiro, Sueli caiu no doping junto com o filho Ronald Moraes, que havia chegado em nono na competição. Os dois treinavam juntos em Jataí (GO) sob o comando de Ronaldo.
(Com Estadão Conteúdo)