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Rio-2016 deve quitar todas as dívidas – mas só depois do Carnaval

"Nunca tivemos uma situação assim", disse desapontado o Comitê Paralímpico Internacional, um dos vários credores do Comitê Organizador dos Jogos

Por Da redação
Atualizado em 15 dez 2016, 09h48 - Publicado em 15 dez 2016, 09h42

O Comitê Organizador da Rio-2016 está enrolado com as dívidas a vários responsáveis por setores do evento, realizado em agosto. A previsão para os pagamentos parece até piada: a quitação total – seja com comitês paralímpicos nacionais, credores ou torcedores que pediram a devolução do dinheiro dos ingressos – só deve acontecer depois do Carnaval, segundo a própria entidade. “Acho que essa situação vai até o início do próximo ano, no mais tardar até março”, disse Mario Andrada, diretor executivo de comunicação dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

As cifras superam os 200 milhões de reais em dívidas. O maior montante é com credores que forneceram serviços e material para os Jogos Olímpicos. Os gastos com a organização da Olimpíada chegaram a 2,8 bilhões de dólares (mais de 9 bilhões de reais).  Andrada lembra que vários credores entraram com ação na justiça e o comitê teve bloqueio nas contas, o que provocou atrasos de outros pagamentos. “Já temos o dinheiro, mas precisamos seguir procedimentos”.

Outra dívida, no valor de 11 milhões de reais, refere-se ao reembolso do custo de viagem de comitês paralímpicos nacionais para a disputa da Paralimpíada. As entidades pagaram do próprio bolso para vir ao Brasil e, em situação financeira mais crítica, cinco comitês africanos receberam recursos do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) enquanto a Rio-2016 não paga o que deve.

“Estamos altamente desapontados que as parcelas para pagamento dos subsídios da viagem para o Brasil não foram quitadas a tempo pelo Comitê Rio-2016. Estamos buscando urgentemente uma resolução de todas as partes envolvidas. Nunca tivemos uma situação assim, na qual o comitê organizador demora tanto tempo para pagar os custos de viagem”, afirmou Craig Spence, diretor de comunicação do IPC.

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“Os pagamentos estão duas semanas atrasados e alguns de nossos comitês menores, que pegaram empréstimos. Eles estão agora em sério risco de não honrar pagamentos. O IPC enviou uma carta ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que nos apoiou fortemente durante os Jogos Paralímpicos, pedindo a ele para intervir”, acrescentou Spence.

Outra pendência do Rio-2016 é em relação ao reembolso de ingressos revendidos dos Jogos. Das 120 mil pessoas que solicitaram – e demoraram para receber -, quase todas foram atendidas, após problemas com a operadora de cartão de crédito. “Estávamos com 40 mil pessoas para pagar e todas que mandaram os dados corretos já foram pagas. Faltam 8 mil pessoas que não mandaram dados, mas estamos atrás”, disse Andrada.

(Com Estadão Conteúdo)

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