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Quem é a goleadora da seleção na Copa

A meia-campista Ary Borges comemora a vitória e diz que a “ficha ainda não caiu”

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2023, 15h49 - Publicado em 28 jul 2023, 19h57

A meia-campista Ary Borges, de 23, se consagrou no futebol feminino na estreia da seleção brasileira nesta Copa do Mundo. Se antes, apenas o nome de Marta vinha à mente das pessoas mais indiferentes ao esporte, isso mudou depois da vitória de 4 a 0, contra o Panamá, na última segunda-feira, 24. Ary marcou três dos quatro gols. Mal começou a Copa e já é apontada como uma provável sucessora natural de Marta, 37,  eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo e que agora participa de sua última Copa. Sobre a goleada, a meia-campista, disse que “a ficha ainda não caiu”, para a sua mãe Galdina Borges, nessa semana pelo celular.

“Quando se fala em referência e representatividade, Ary pode, sim, ser a próxima Marta”, diz Ricardo Belli, atual técnico do time de futebol feminino do Palmeiras. Ele acompanhou o desenvolvimento de Ary, quando jogou pelo clube, entre 2020 e 2022. Com a camisa alviverde,  ganhou a Copa Libertadores da América (2022), o Campeonato Paulista (2021) e a Copa Paulista (2021). “Ela tem capacidade de jogar com poucos toques, construindo como volante e criando como meia. A Marta já retém mais a bola e vai no drible, provocando desequilíbrios”, analisa Belli, apontando as diferenças de estilos entre as jogadoras. “Marta é atleta para estar no terço final do campo, a Ary, para chegar no terço final.” Mas as duas tem uma coisa em comum: adoram marcar gols.

A paixão pelo futebol começou aos seis anos, incentivada pelo tio, que cuidava de um campo em São Luís, no Maranhão. Na época, Ary morava com a avó, Lindalva. Quatro anos depois, mudou-se para a casa dos pais na capital paulista, onde começou a mostrar garra e talento. Primeiro, entrou para uma das sedes da escolinha Meninos da Vila, do Santos, que funcionava no bairro de classe média na Vila Mariana, em São Paulo. Mesmo sendo a única menina, ficou por lá um ano, e então começou a carreira na categoria de base do Centro Olímpico da Prefeitura de São Paulo. Aos 11 anos, entrou para o time sub-15. Depois passou por todas as categorias até se profissionalizar, em 2015. Dois anos depois, foi contratada pelo Sport, de Recife, em seguida, vestiu a camisa do tricolor paulista, com a qual começou a se destacar na campanha do título do Brasileirão Série A-2 de 2019.

Determinada e muito certa do que pretendia na carreira, em 2020, surpreendeu a direção do São Paulo ao não renovar seu contrato. Preferiu o Palmeiras. E não escondeu os motivos, ao declarar, que o alviverde dava mais estrutura para as jogadoras.  “A inteligência dela dentro do campo é muito boa. Não digo isso por sermos amigas”, conta Camilinha, meio-campista do Palmeiras, que jogou com Ary. “A evolução que ela teve de um ano para cá é absurda.” Ary é conhecida pela humildade de aceitar críticas e aproveitá-las para evoluir em campo. “É muito fácil jogar ela.”

Toda essa desenvoltura no campo levou o Brasil a conquistar a liderança do grupo F na  Copa. “A convocação dela foi mais do que merecida, pois eu acredito que Seleção é momento”, diz Belli. A meia-campista vem comemorando cada avanço da carreira, que está em ótima fase desde o Palmeiras. No fim do ano passado, ela foi contratada pelo time americano Racing Louisville. Em junho, ao lado do irmão mais novo Enzo Minguel, de 7 anos, e de seus pais, festejou nas redes sociais a convocação anunciada pela técnica da seleção Pia Sundhage. Tudo indica que a família estava certa ao incentivar a menina logo na infância. “Trabalhamos sempre para isso, desde que ela estava na seleção de base”, diz o pai Dino, que não aponta a filha como a estrela do time. “A seleção tem muitas estrelas. Ary teve sorte.” O próximo jogo acontece neste sábado, 29, contra a França, considerada a favorita da partida, que será transmitida pela TV Globo e Sport TV, às 7h.

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