O Internacional iniciou 2016 com grandes expectativas e terminou o ano com um inédito rebaixamento à Série B do Brasileirão. Decretada a queda neste domingo, a diretoria, que demitiu três treinadores ao longo da campanha – Argel Fucks, o ídolo Falcão e Celso Roth, antes de contratar Lisca – e repetiu diversas vezes que “time grande não cai”, assumiu sua responsabilidade pelo fracasso.
Em sua despedida, já que deixará o cargo em 2017, o presidente Vittorio Piffero se colocou como o principal culpado pela queda. “Eu quero pedir desculpas ao torcedor. Todos os erros são de responsabilidade do presidente. Tomei decisões pensando em fazer o melhor, só que errei. Errei e errei muito”, discursou Piffero após o empate por 1 a 1 com o Fluminense, neste domingo, em Mesquita (RJ).
O cartola ainda deixou aberta a possibilidade de o clube continuar sua luta jurídica no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para tentar provar uma possível irregularidade no contrato do zagueiro Victor Ramos com o Vitória – o tribunal deu o caso como encerrado nos últimos dias e a CBF chegou a falar em falsificação de documentos no encaminhamento da ação pelo time gaúcho.
“Eu reconheço como justo dentro de campo o rebaixamento. Sim, nós vamos disputar a Série B, infelizmente. Mas eu espero que a Justiça seja cumprida, que as regras sejam iguais para todos. Não sei se existe recurso a esta decisão de não voltar a examinar a nossa questão”, lamentou o presidente.
Fernando Carvalho, o dirigente mais vitorioso da história do Inter (campeão da Libertadores e do Mundial de 2006), e atual vice de futebol, também pediu a palavra. “Na verdade, o Inter fez por merecer estar nessa situação. Os responsáveis por isso somos nós. Eu sou responsável a partir de agosto das ações no futebol e não posso fugir da minha responsabilidade. Eu acabei entrando nesse clima, ficando abatido.”
O Inter passará por várias mudanças nos próximos dias. No sábado, Marcelo Medeiros foi eleito como novo mandatário do clube e assumirá em janeiro. O técnico Lisca será substituído pelo ex-zagueiro Antonio Carlos Zago, que se destacou em 2016 no comando do Juventude.