Sem mencionar o nome de Vinícius Junior, a Polícia Federal da Espanha anunciou nesta quinta-feira, 24, nas suas redes sociais, que prendeu quatro dos principais responsáveis por uma campanha de ódio contra “um jogador de futebol”. Nas redes sociais, os detratores incitaram torcedores do Atlético de Madrid a proferir insultos racistas contra o brasileiro e a usar máscaras para dificultar a identificação dos criminosos.
A campanha teve início às vésperas do clássico do último dia 29 de setembro, quando Vini Jr. entraria em campo pelo Real Madrid contra o Atlético. Segundo a PF espanhola, a investigação começou em razão de três denúncias protocoladas por La Liga, entidade que rege o futebol no país.
O atacante, que também joga pela seleção brasileira e é o favorito à Bola de Ouro, premiação da revista francesa France Football que será entregue na segunda-feira 28, em Paris, tem sofrido uma sequência de insultos racistas desde que entrou para o time espanhol, em 2017. Em 2023, ele se tornou uma das principais vozes do mundo contra o racismo em campo, que, segundo ele, é frequente nos estádios espanhóis.
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A atuação, que reverberou na imprensa internacional, provocou as autoridades europeias a agir, o que tem levado a uma sequência de punições. Em setembro, a Justiça de Palma, na Espanha, sentenciou um torcedor do Mallorca por episódios de racismo contra Vini Jr. e Samu Chukwueze. Segundo o comunicado do Real Madrid, na época, esse foi o terceiro caso de pena por insultos racistas nos últimos meses. Em junho, três torcedores do Valencia foram condenados a oito meses de detenção pelos episódios ocorridos no Mestalla. Além disso, um adolescente também envolvido em ofensas do tipo aceitou realizar atividades socioeducativas após xingamentos feitos na partida entre Mallorca e Real no estádio Son Moix, em abril de 2024.