Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O dia em que até o céu chorou pela Chapecoense

Velório coletivo das vítimas do acidente em Medellín, realizado sob uma chuva incessante, emocionou a Arena Condá, em Chapecó - e todo o Brasil

Por Alexandre Salvador e Luiz Felipe Castro, de Chapecó
Atualizado em 3 dez 2016, 15h45 - Publicado em 3 dez 2016, 15h21
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A torcida da Chapecoense se despediu de seus ídolos neste sábado, sob os gritos de “É campeão”, seguidos por um doloroso silêncio. A Arena Condá não chegou a lotar na cerimônia em homenagem às vítimas do acidente aéreo de Medellín, mas todas as milhares de pessoas presentes se emocionaram, debaixo de um temporal, em Chapecó.

    Publicidade

    O velório coletivo contou com a presença de familiares das vítimas, personalidades do futebol, como o presidente da Fifa, Gianni Infantino, e o treinador da seleção brasileira Tite, e do presidente Michel Temer – que nada falou. Além das bênçãos às 50 vítimas veladas, houve muitos agradecimentos à Colômbia, especialmente à equipe do Atlético Nacional.

    Publicidade

    O primeiro avião Hércules da Força Aérea Brasileira pousou com os corpos pouco antes das 9h30, no aeroporto Serafin Enoss Bertaso, em Chapecó. O outro avião com os caixões chegou cerca de quinze minutos depois. O presidente Michel Temer, que não planejava vir à Arena Condá, mudou de idéia e acompanhou o cortejo que chegou à Arena Condá às 12h39. Por lá aguardavam a maioria dos familiares das vítimas.

    Uma delas se destacou: dona Ilaídes Padilha, mãe do goleiro Danilo, agradeceu a cada um dos torcedores nas arquibancadas, que gritavam o nome de seu filho. O público, emocionado com o que via no telão, cantou “o campeão voltou” e “é campeão”, até que o primeiro caixão, de Thiaguinho, entrasse no estádio. A partir daí, o silêncio tomou conta.

    Publicidade
    Continua após a publicidade
    O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, discursa com a camisa do Atlético Nacional
    O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, discursa com a camisa do Atlético Nacional, da Colômbia (Reprodução)

    A colocação dos 50 caixões foi acompanhada por muitas lágrimas dos familiares. Apesar da chuva cada vez mais forte, a torcida não arredou pé e acompanhou cada um dos discursos oficiais. O prefeito da cidade, Luciano Buligon, vestindo uma camisa do Atlético Nacional, fez agradecimentos especiais ao povo colombiano. Anunciado logo após o presidente Michel Temer – que não foi vaiado ou exultado – o embaixador da Colômbia, Alejandro Borda, foi efusivamente aplaudido.

    Houve ainda orações, e discursos do apresentador Cid Moreira e do presidente da Fifa, Gianni Infantino. A cerimônia terminou com mensagens de jogadores, como Neymar, no telão e com uma volta dos familiares pelo gramado, com imagens dos heróis que se foram. Pela primeira vez, a torcida se agitou, ao ritmo do hino do clube, como se iniciasse, depois do luto, o renascimento da Chapecoense.

    Publicidade

    O locutor do estádio anunciou, como fazia a cada fim de semana, a “escalação” dos ídolos da Chapecoense. Danilo, Ananias, Bruno Rangel, o técnico Caio Júnior e o presidente Sandro Pallaoro foram os mais celebrados. Os jornalistas e outras vítimas do acidente aéreo também tiveram seus nomes anunciados e aplaudidos.

    Continua após a publicidade

    Logo após o fim do cerimonial, parou de chover e o sol voltou a iluminar as ruas de Chapecó.

    Publicidade

     

    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.