Medo de ‘tapetão’ impede Palmeiras de usar camisa da Chapecoense

O campeão Palmeiras manifestou seu desejo de disputar a última rodada do Brasileirão com a camisa da Chapecoense, em homenagens às vítimas do acidente aéreo na Colômbia. No entanto, a iniciativa, aprovada pela maioria de seus torcedores, foi descartada nesta terça-feira por receio de “tapetão”.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) alertou o Palmeiras sobre o risco de alguma equipe denunciá-lo no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, já que a possibilidade de um clube disputar uma partida oficial com a camisa de outro não consta no regulamento.

“É para ninguém poder eventualmente, em um futuro próximo, dizer que a rodada não foi válida, que os pontos não podem ser reconhecidos porque não se pode jogar com a camisa de outra agremiação”, explicou Paulo Nobre, que deixará a presidência do Palmeiras em janeiro de 2017.

Embora não possa usar a camisa da Chapecoense como desejava, o Palmeiras planeja outras homenagens na despedida de 2016, diante do Vitória, no Barradão, neste domingo.  “O Palmeiras provavelmente entrará em campo com a camisa da Chapecoense para cantar o hino e depois jogará com seu próprio uniforme, no qual constará algum tipo de homenagem a essa grande agremiação que é a Chapecoense”, disse Nobre.

Relembre os casos de ‘tapetão’ no futebol brasileiro

Vários clubes do mundo fizeram homenagens à Chapecoense nas últimas partidas. Na Argentina, os jogadores do San Lorenzo entraram no gramado vestindo as camisas que trocaram com os atletas da equipe catarinense na semifinal (mas depois jogaram com seu próprio uniforme). O River Plate, por sua vez, entrou com um uniforme verde (na verdade o seu uniforme de goleiro), em homenagem ao clube brasileiro. Diversas outras equipes, como o Milan, aplicaram o logo da Chapecoense em seu uniforme.

(com Gazeta Press)