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Infraestrutura é adversária do Brasil na Copa de 2014

Dentro de campo, as preocupações do futebol nacional se restringem à prepação do melhor time para a Copa da África, no ano que vem. Fora dele, porém, o que pode fazer o brasileiro perder o sono não é o time de Dunga, mas a estrutura necessária para receber o Mundial aqui, em 2014. Isso porque […]

Por Marina Dias
7 jul 2009, 16h47
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  • Dentro de campo, as preocupações do futebol nacional se restringem à prepação do melhor time para a Copa da África, no ano que vem. Fora dele, porém, o que pode fazer o brasileiro perder o sono não é o time de Dunga, mas a estrutura necessária para receber o Mundial aqui, em 2014. Isso porque o Brasil deverá receber no mês em que serão disputados os jogos mais turistas do que costuma hospedar durante um ano todo – e isso vai exigir infraestrutura extra ao país.

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    VEJA.com ouviu especialistas de algumas das áreas que serão duramente testadas durante os jogos: é o caso de telefonia, transportes, hotelaria e estádios. Eles fizeram alertas sobre gargalos de infraestrutura, como o que pode sufocar a rede de transporte. “O sistema de aviação não está preparado para receber uma Copa do Mundo: temos restrições em terminais de passageiros e pátios de aeronaves”, sentencia Ricardo Nogueira, vice-presidente executivo da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag). Os alertas foram repassados às autoridades responsáveis, que apresentaram a sua versão dos fatos. Confira os dados no quadro a seguir:

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    Os obstáculos e as possíveis soluções para a Copa de 2014

    Os obstáculos e as possíveis soluções para a Copa de 2014

    Tabela

    Detalhes nada pequenos – De acordo com Nicolau Gualda, professor titular e chefe do Departamento de Engenharia de Transportes da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), os problemas do setor começam no interior das cidades-sede, que não possuem acessos adequados a estádios nem oferecem ao público condições plenas de deslocamento para restaurantes, hospitais e outros serviços. “Além disso, há problemas no transporte interestadual: as rodovias precisam de ajustes, a malha ferroviária é inadequada e a aeroviária está saturada nas principais ligações do país”.

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    Marçal Goulart, superintendente de Gestão Operacional da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) garante que os aeroportos das cidades-sede serão melhorados. “Esperamos um crescimento de 30% no movimento das principais pistas, mas descarto completamente a possibilidade de um novo caos aéreo durante a Copa.”

    Quartos lotados – O Brasil deve receber durante o mês da Copa cerca de 500.000 turistas estrangeiros. É muita gente para os padrões do turismo local. A cifra é, por exemplo, 10% maior do que o número de visitantes que aportam por aqui a cada ano.

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    Por isso, Alexandre Sampaio, um dos diretores da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), adianta que a rede hoteleira precisa de investimentos. “Trabalharemos com uma taxa de ocupação de 100% dos quartos”, diz. Para se ter ideia, a média atual do Rio de Janeiro, a maior de todo o país, é de 76%.

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    Sampaio adianta também os preços da hospedagem em 2014. Hotéis turísticos terão diária de 180 dólares; nos estabelecimentos superiores, 270 dólares; já os pontos de luxo sairão por 350 dólares por dia. Os hotéis terão autonomia para aderir ou não ao contrato de preços da Fifa.

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    Além do eventual apagão aereo, será preciso correr para evitar o telefônico. Para Ricardo Rodrigues de França, engenheiro eletricista e especialista em telefonia, é possível evitar o pior com mais investimentos das operadoras. “Mas os investimentos para resolver problemas devem começar mais para frente, caso contrário, a tecnologia fica obsoleta até 2014”, diz.

    Estádios ‘verdes’ – A situação dos estádios brasileiros é um dos calcanhares de Aquiles da Copa 2014, talvez o ponto frágil mais visível. Vicente de Castro Mello, coordenador dos arquitetos que irão trabalhar pela Copa, admite que nenhuma das construções do Brasil têm condições de abrigar o mundial. “Mas todos passarão por intervenções e adequações”, ressalva.

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    O diferencial aqui, segundo Mello, será a criação de um modelo tipicamente brasileiro: a chamada eco-arena, um estádio sustentável, com reaproveitamento de água da chuva, reciclagem de lixo, tratamento de esgoto, entre outras medidas. Resta saber se, de fato, haverá dinheiro para todas essas obras, além das prometidas parcerias público-privadas.

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