O Fluminense não admitiu durante a semana, mas já estava preparado para comemorar o título carioca neste domingo após golear o Botafogo por 4 a 1 na primeira decisão. Neste domingo, os jogadores assumiram ter atuado pensando no Boca Juniors, adversário de quinta-feira na Libertadores, e fizeram uma festa mais contida.
Desde o primeiro tempo, quem estava no banco de reservas demonstrava ansiedade pelo apito final. Assim que a vitória por 1 a 0 no clássico foi encerrada, os jogadores rapidamente se aglomeraram no palco montado para erguer a réplica do troféu do Campeonato Carioca – a taça original será entregue em festa nesta segunda-feira.
Com o troféu em mãos, a volta olímpica no Engenhão durou poucos minutos, com destaque para atletas dançando e cantando a música ‘Eu quero tchu, eu quero tchá’, de João Lucas e Marcelo. Mas a ordem vinda deles mesmo é de não abusar na festa. Apesar de Abel Braga ter dado folga nesta segunda-feira, o primeiro jogo das quartas de final da Libertadores, na Bombonera, estava na cabeça de todos.
‘Temos que comemorar um pouco e se resguardar porque tem mais batalha na quinta-feira’, afirmou Edinho, em discurso usado por todos os jogadores. ‘Temos que comemorar lembrando de um jogo importante. Amanhã, o título já será passado e precisamos pensar em neutralizar, fazer um jogo bom como já fizemos lá. A vida segue porque queremos outro título, o da Libertadores’, apontou Rafael Sobis.
‘Tem que aproveitar um pouquinho só e curtir o título só hoje, porque amanhã não dá mais. Precisamos estar com a cabeça no Boca Juniors porque lá vai ser pedreira, serão dois jogos muito decisivos para nós’, continuou Thiago Neves, admitindo ter entrado em campo pensando no Boca Juniors.
‘Na hora que o Rafa (Moura) fez o gol, acho que todos (começaram a pensar no Boca Juniors. O Botafogo precisava fazer cinco gols. Então deixei o Marcos Júnior voltar para marcar mais porque na quinta-feira tenho que estar 150%’, confessou Thiago Neves.
Rafael Sobis, embora assumisse pensar no Boca Juniors, garante ter sentido um termo de não ficar com o título estadual mesmo com a goleada na ida. ‘Em final, você quer dar tudo sempre. E sempre tem o medinho de ‘será que vai dar?’. Mas deu tudo bem. Melhor assim, quanto menos sofrer, melhor. Já estamos nos preparando para uma pedreira’, contou o atacante.