Distante do Maracanã, palco onde sempre brilhou, Zico comandou, nesta quarta-feira, a oitava edição de seu Jogo das Estrelas. Desta vez no Morumbi, o Galinho, representante do passado “bem distante”, como ele próprio define, se juntou aos craques da atualidade, Neymar e Lucas, e do “passado recente do futebol brasileiro”, Ronado e Raí, e deu um show. O auxiliar técnico do São Paulo, Milton Cruz, completou a festa.
O eterno ídolo rubro-negro marcou duas vezes e viu o seu time bater as Estrelas do Brasil, representadas por Marcelinho Carioca, Djalminha, Careca e companhia por 7 a 5, com direito a um tento de cada um dos outros membros do quinteto.
Os lances, aliás, encheram os olhos do público presente ao local. No primeiro, Lucas recebeu na frente e tocou na saída do goleiro, que espalmou. Neymar pegou a sobra e, com um toque de calcanhar, deixou Zico sem goleiro. Esbanjando categoria, o dono da festa ameaçou chutar de direita, deu mais um corte de esquerda e só empurrou para as redes.
Já no segundo, foi a vez do maior artilheiro da história das Copas deixar o seu para a equipe de vermelho. Neymar partiu em velocidade e ganhou de Ailton, que fez falta no garoto santista dentro da área. Pênalti batido e convertido por Ronaldo.
Na resposta do time de branco, Emerson Sheik recebeu na área e caiu após ser tocado por Zinho. Hora de Djalminha mostrar toda a técnica e bater a penalidade, marcando o primeiro das Estrelas do Brasil.
Neymar, mais uma vez mostrando muita vontade, dominou na entrada da área e serviu Raí. O eterno ídolo tricolor soltou uma bomba na saída de Victor e guardou o dele, fazendo o 3 a 1.
Pouco depois, o jovem santista fez embaixadinhas, que acabaram provocando gritos de “Messi” nas arquibancadas, em alusão à goleada sofrida pelo Santos diante do Barcelona, na final do Mundial de Clubes.
Djalminha, batendo outro pênalti, fez o segundo dele, mas Neymar tratou de marcar o quarto logo na sequência, aproveitando cruzamento de Raí. Ainda antes do intervalo, Lucas fechou o show do quinteto após receber bola de Zico, deixar o goleiro no chão e chutar para as redes.
Na volta para a segunda etapa, com muitas trocas, incluindo a de Ronaldo que se disse “muito cansado”, as Estrelas do Brasil diminuíram com Ailton, ex-Grêmio, autor do gol do título brasileiro de 96.
Nomes como o ex-são paulino Pita e os ex-corintianos Dinei e Biro-Biro entraram no time que vinha sendo derrotado e deram menos cara de jogo festivo ao duelo, correndo bastante nas jogadas de ataque, e contando com a forma física de Ralf na defesa para roubar as bolas. A torcida corintiana presente ao estádio rival passou a torcer fervorosamente pela equipe.
O time de Zico ainda fez o sexto, com o auxiliar técnico do Tricolor do Morumbi, Milton Cruz, sem contar as brincadeiras de Neymar e Lucas, que chegaram a atender um celular em meio à disputa.
Mostrando disposição, Marcelinho e Dinei fizeram o quarto e o quinto das Estrelas, deixando a partida mais parelha, e provocando os gritos de “Timão eô” da parte alvinegra dos 35 mil presentes.
Cansados, os jogadores e ex-jogadores diminuíram um pouco o ritmo, mas ainda deu tempo de Zico fechar a festa com o seu toque de classe. Após quase marcar um golaço e carimbar o travessão, o Galinho aproveitou rebote de Victor em cabeçada de Amoroso e bateu de chapa para fechar o 7 a 5.
(Com GazetaPress)
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