Beisebol dos EUA proíbe tradição de jogadores de se travestirem
Há anos, atletas recém-efetivados aos times profissionais da MLB participam de trotes sendo obrigados a se vestirem com roupas de mulher
A liga americana de beisebol, Major League Baseball (MLB) – elite da modalidade nos Estados Unidos -, divulgou uma nova política em seu código de conduta que afeta uma tradição de clubes e jogadores realizada anualmente pelo menos desde a última década. A organização irá proibir os calouros, recém-efetivados nos times profissionais, de participarem de trotes conhecidos essencialmente por um requisito mínimo: vestir-se com roupas de mulher.
Vestidos, tops, saias, sapatos de salto, tamancos e demais acessórios femininos não serão mais permitidos, segundo a MLB, que julga esse comportamento como inapropriado, “podendo causar danos aos próprios jogadores, grupos sociais e pessoas das mais diversas orientações sexuais”, segundo o documento obtido pela agência de notícias Associated Press (AP). Outras fantasias consideradas ofensivas – não necessariamente com roupas de mulher – serão banidas. Vestimentas alusivas a super-heróis como Batman e Super-Man estão liberadas, informa a entidade.
Paul Mifsud, vice-presidente da MLB, justificou a decisão alertando que a imagem dos clubes e dos atletas participantes do trote pode ser prejudicada com a divulgação das fotos nas redes sociais. De acordo com o executivo, alguns jogadores reclamaram da obrigação de se travestirem e, assim, estarem sujeitos à exposição na internet. “Parte dessa nova regra é resultado das mídias sociais, onde são divulgados, embaraçosamente, vários jogadores vestidos de mulher. Alguns deles já reclamaram”, disse Misfud.
A MLB, antes de proibir a brincadeira, se reuniu com a associação dos aletas da liga americana e entrou em acordo para sacramentar a decisão. “Os tempos mudaram. Existem algumas condutas que temos que ter consciência”, afirmou Dave Prouty, chefe do conselho dos jogadores.