Após semana ‘estranha’, Barcelona tenta uma vaga na final

Time não sofria duas derrotas seguidas havia três anos. E não perde três em sequência há mais de uma década. Chelsea deve jogar fechado no Camp Nou

Por Da Redação
24 abr 2012, 09h30

Lionel Messi treina na véspera do duelo entre Barça e Chelsea (Adrian Dennis/AFP/VEJA)

“Não teremos muitas oportunidades de gol, então temos de ser eficazes. Mas estou seguro de que estaremos em Munique”, disse Guardiola

Acostumado com numerosas conquistas nos últimos anos, o Barcelona pode ficar sem os títulos do Campeonato Espanhol e da Liga dos Campeões depois das duas derrotas da semana passada, para Chelsea e Real Madrid. No campeonato nacional, a equipe catalã está a sete pontos do rival, faltando quatro rodadas para o fim da competição. Já no torneio europeu, precisa reverter o revés de 1 a 0 para o time londrino nesta quarta-feira, às 15h45 (horário de Brasília), no Camp Nou, em partida válida pela semifinal da competição. Se a última semana foi incomum, o Barça pode se apegar ao retrospecto em seu estádio para levantar o moral.

O clube não perde um jogo de mata-mata da Liga dos Campeões em casa desde 2007, quando foi eliminado pelo Liverpool. Contando os duelos da fase de grupo, a invencibilidade é de 15 jogos – o Rubin Kazan, da Rússia, em 2009, foi o algoz mais recente. Foi também em 2009 a última vez que o time perdeu dois jogos seguidos. Naquela ocasião, porém, o Barça jogou essas partidas com reservas – e, naquela mesma temporada, foi campeão europeu. Para achar no histórico do Barcelona uma série de três derrotas consecutivas, é preciso voltar ainda mais no tempo – isso não acontece desde o início da década passada.

Virada – O Chelsea, por sua vez, é a última equipe a deixar o Camp Nou após uma partida de Liga dos Campeões sem levar gol. Na ocasião, na temporada 2008/09, o empate em 0 a 0 não salvou os londrinos, por causa do 1 a 1 no Stamford Brigde. Agora, contudo, qualquer igualdade dá a classificação aos ingleses. Depois de uma temporada bastante irregular sob o comando do português André Villas-Boas, o Chelsea começou a engrenar com o interino Roberto Di Matteo. Já são nove partidas consecutivas sem perder, além de vitórias memoráveis como o 5 a 1 sobre o Tottenham e, a última, o 1 a 0 diante do Barcelona, com gol de Drogba.

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A partida da semana passada em Londres ainda é assunto entre os jogadores, que aprovaram o trabalho defensivo da equipe. Mesmo atuando fora de casa, o Barcelona teve 72% de posse de bola, mas não conseguiu criar muitas chances de gol. O plano, agora, é repetir a postura adotada em Londres, impedindo que Messi e companhia furem o bloqueio inglês. “Muitas equipes que jogam contra o Barcelona pensam que têm que evitar que eles tenham a bola, mas não acho que isso seja possível. Temos que usar armas diferentes. Se tentarmos tirar a posse de bola deles vamos nos cansar e abrir espaço para que joguem”, ensinou o atacante espanhol Fernando Torres.

Confiança – O Barcelona já está prevenido para superar o jogo defensivo dos ingleses. O técnico Guardiola fugiu à cautela costumeira e adotou exagerado otimismo ao se ver em desvantagem pela primeira vez em muito tempo. “Temos de ter equilíbrio e paciência para sair com a vitória, porque acredito que não teremos muitas oportunidades de gol, então temos de ser eficazes. Mas estou seguro de que estaremos em Munique”, disse o espanhol em sua última entrevista coletiva antes de um duelo que pode encerrar o ciclo vitorioso do clube. Desde que assumiu o comando do Barça, Guardiola venceu treze de dezesseis troféus disputados.

(Com agência Gazeta Press)