Abertura da Paralimpíada terá ‘muito humor’, diz Rubens Paiva
O dramaturgo paulistano, único cadeirante entre os diretores artísticos do evento, disse que a festa será focada na humanidade
Algumas novidades e detalhes sobre a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro foram divulgados nesta sexta-feira. Em entrevista coletiva, os diretores criativos, Marcelo Rubens Paiva, Fred Gelli e Vik Muniz, garantiram que o evento, marcado para o dia 7 de setembro no Estádio do Maracanã, será um sucesso de aprovação assim como na Olimpíada, com o tema do samba como pilar musical, vindo de atrações como Diogo Nogueira e Maria Rita, e apresentações de duas companhias de dança adaptada.
O dramaturgo Marcelo Rubens Paiva, único cadeirante entre os que assinam a direção da festividade, disse que a abertura paralímpica terá outro foco em relação à olímpica. “A cerimônia paralímpica é uma bandeira da total demonstração de respeito pelo outro. Na Olimpíada o foco está na história e nos ícones do país, mas também podemos focar na humanidade”, disse Paiva.
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O escritor de 57 anos afirma que tentará transmitir o humor e a alegria dos deficientes baseado em suas experiências: “Após meu acidente, aprendi que há humor entre deficientes. Nossa cerimônia terá muito humor também”, acrescentou Marcelo, que aos 20 anos fraturou uma vértebra do pescoço e ficou tetraplégico – após longo tratamento, o escritor recuperou o movimento das mãos e dos braços.
O diretor também comentou sobre um dos destaques da cerimônia: a paratleta americana Amy Purdy, medalhista de bronze no snowboarding para biamputados na Paralimpíada de Inverno de 2014, em Sochi. “A Amy será nossa Gisele Bündchen. Vai mostrar uma dança maravilhosa”, comentou Paiva, mencionando a aparição da modelo mais famosa do Brasil na abertura da Olimpíada.
(Com Gazeta Press)