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A morte de Zagallo, o único a vencer quatro Copas

O Velho Lobo, como era chamado, foi duas vezes campeão do mundo como jogador e duas à margem do campo - recorde inigualável

Por Da Redação Atualizado em 6 jan 2024, 00h46 - Publicado em 6 jan 2024, 00h30

Mário Jorge Lobo Zagallo, o Velho Lobo, como era carinhosamente chamado, morto nesta sexta-feira, dia 5, aos 92 anos, fez história no futebol com um recorde: foi duas vezes campeão do mundo jogando pela seleção brasileira, em 1958 e 1962, e duas do lado de fora do gramado, como treinador em 1970 e coordenador técnico em 1994. Era, enfim, um nome de imensa relevância – mas pouco respeitado, ou com menos destaque do que merecia.

Como jogador, Zagallo foi pioneiro. Era um ponta-esquerda talentoso, que marcava gols, mas voltava para organizar o meio de campo e mesmo para defender. Hoje, a postura dele poderia ser chamada de “falso ponta”, função atualmente celebrada, mas que a Zagallo já intuía ser fundamental.   Ele começou a carreira profissional no Flamengo, onde atuou de 1950 a 1958. Foi tricampeão carioca, entre 1953 e 1955, e marcou 29 gols com a camisa rubro-negra. Em 1958, foi para o Botafogo, e defendeu o time até 1965. Jogou ao lado de grandes estrelas, como Garrincha, Didi e Nilton Santos, e foi bicampeão carioca.

Com a camisa da seleção brasileira foi sempre vitorioso. Em 1958, ao lado de Pelé, Didi, Zito e cia., fez um dos cinco gols da vitória de 5 a 2 sobre a Suécia, na final. Quatro anos depois, em 1962, também teve atuação determinante na conquista do bicampeonato, na Copa que fez de Garrincha lenda eterna.

Depois de se aposentar dos gramados, continuou atuando no futebol como treinador. Entre 1966 e 1968 foi responsável pelo Botafogo, e seu trabalho chamou a atenção e ele foi convocado para a vaga de técnico da Seleção Brasileira, posição aberta depois da saída de João Saldanha (1917-1990). O movimento de Zagallo, no banco, durante a Copa de 1970, foi decisivo: sabia ter em mãos craques em profusão, e a esperteza seria ter todos em campo, mas com um esquema de jogo que permitisse uma máquina azeitada. Pôs, então, cinco “camisas 10”: Pelé, Jairzinho, Gérson, Rivellino e Tostão. Sabia ouvi-los, mas não abria mão da troca de posições, que coordenava com rara precisão. Muito se diz que, com aqueles craques, bastava entrar em campo, e pronto. Mas não. Zagallo, como os próprios atletas admitiriam, sobretudo Pelé, fez a diferença. A campanha foi perfeita, com seis vitórias em seis jogos, 19 gols marcados e apenas 7 sofridos.

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Sua longa carreira como treinador inclui passagens por clubes brasileiros, como o Botafogo, em quatro ocasiões, Fluminense, Flamengo, Vasco da Gama e Bangu. Além da Seleção Brasileira, treinou as seleções do Kuwait, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Passou até pelo Al-Hilal, time saudita de Neymar. Foi ainda coordenador técnico da Seleção Brasileira em duas ocasiões: entre 1991 e 1994 e entre 2003 e 2006, em seu último trabalho nos gramados.

Foi eleito o nono melhor treinador de todos os tempos pela revista World Soccer, em 2013, e o 27º melhor jogador de todos os tempos pela revista FourFourTwo, em 2020.

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