São Paulo recebe hoje a Selected Works, uma exposição inédita com 94 trabalhos do artista plástico americano Keith Haring, morto em 1990. Suas cores vibrantes, linhas fortes, estilo pop e temas sociais – associados à luta contra o preconceito, as drogas e a AIDS – marcaram seu estilo e também o movimento do grafite.
Fotos: alguns dos trabalhos de Keith Haring na exposição Selected Works.
Nascido no estado americano de Pensilvânia em 1958, Haring mudou-se para Nova York para os estudos universitários. Na cidade, logo ganhou notoriedade ao desenhar a giz nas estações de metrô e passou a freqüentar o meio underground das artes e da música, onde conheceu nomes como Madonna, David Byrne e Grace Jones. Sua primeira exposição individual veio em 1982, mas sua arte não ficou nas galerias: Haring ganhou as ruas com murais e grafites. Em Berlim, pintou o muro que separava a Alemanha e, no Brasil, participou da Bienal de Arte de São Paulo em 1983, além de pintar murais pela cidade.
Em 1989, Haring foi diagnosticado com AIDS e criou a Keith Haring Foundation para promover programas de prevenção do vírus HIV e programas infantis, sem deixar de lado a pintura, que o acompanhou até sua morte, no ano seguinte. A instituição é atualmente mantenedora de sua obras, que chegam agora ao Brasil com 55 serigrafias, 9 gravuras, 29 litografias e uma xilogravura. Alguns pertences pessoais do próprio Haring, que tenham alguma relação com o país, também foram selecionados – são vídeos e fotos feitos por aqui, skates, passaporte e até um par de tênis. A exposição permanece em São Paulo entre os dias 31 de julho e 5 de setembro, na Caixa Cultural. Na sequência, segue para o Rio de Janeiro, de 28 de setembro a 14 de novembro, na Caixa Cultural Rio de Janeiro.