‘Queermuseu’: condução coercitiva de curador é cancelada por CPI
Gaudêncio Fidélis afirmou que participará voluntariamente de sessão que acontece nesta quinta-feira
A condução coercitiva do curador Gaudêncio Fidélis da exposição Queermuseu foi cancelada pelo presidente da Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) dos Maus-tratos, o senador Magno Malta. Fidélis participará voluntariamente da sessão da comissão, que acontecerá nesta quinta-feira.
A CPI foi criada para investigar crimes e irregularidades relacionados a maus-tratos com crianças e adolescentes e funcionará até o dia 22 de dezembro. No início de novembro, foi requirida a condução coercitiva do coreógrafo Wagner Schwartz, responsável pela performance La Bête realizada no Museu de Arte Moderna (MAM) e de Fidélis.
Após pedido das defesas, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vetou a condução de Schwartz, mas manteve a de Fidélis.
Em documento expedido nesta terça-feira pela CPI, o senador Magno Malta afirma que suspendeu a condução, já em andamento, pelo fato do curador já ter expressado a sua vontade de comparecer espontaneamente à sessão.
A exposição
A exposição Queermuseu, exibida pelo Santander Cultural em Porto Alegre foi fechada em setembro, aproximadamente um mês antes do previsto, após críticas nas redes sociais por suposto retrato de pedofilia e zoofilia em algumas das obras selecionadas.
Nesta terça feira, o presidente do Santander Cultural, Marcos Madureira, participou de uma sessão da CPI e afirmou que a instituição preza pela diversidade e pelo respeito às minorias e não compactua com a visão que foi passada sobre a mostra.
Gaudêncio Fidelis é finalista do prêmio VEJA-SE, que vai celebrar histórias inspiradoras nas áreas de educação, saúde, diversidade, políticas públicas, inovação e cultura.