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Palhaços em luto: filme celebra legado de Domingos Montagner

Documentário ‘Pagliacci’, idealizado pelo ator para comemorar os 20 anos da Cia La Mínima, chega aos cinemas em 26 de abril

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 abr 2018, 12h10 - Publicado em 26 abr 2018, 12h01

Foi em um jantar entre amigos, em agosto de 2016, que o documentário Pagliacci, em cartaz a partir desta quinta-feira no país, foi pensado pela primeira vez. O filme seria parte da comemoração dos 20 anos da Cia La Mínima, grupo circense criado por Domingos Montagner e Fernando Sampaio, amigos e palhaços. Na época, o cineasta Luiz Villaça se animou com o projeto, mas precisou engavetá-lo com o trágico acidente que matou Montagner um mês depois do amigável jantar.

“Tudo ficou suspenso por um período”, conta Luciana Lima, viúva do ator, sobre os muitos planos que envolviam o aniversário de duas décadas da trupe. “Não sabíamos se dávamos continuidade ou não. Então, veio um flash, uma sensação muito presente, de que sim, a gente deveria continuar. Já bastava a perda de uma pessoa tão significativa na nossa vida emocional, pessoal e profissional. Em forma de homenagem, decidimos manter aquela energia e continuar em frente.”

Montagner havia sugerido um documentário diferente do tradicional, que é respaldado apenas por imagens e depoimentos. Ele preferia um fio condutor. Seu desejo foi honrado na figura do palhaço, que ganha os holofotes da produção, e também em Fernando, com quem, segundo Luciana, Montagner tinha um segundo casamento.

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“A sintonia dos dois me impressionava. Eles se conheceram no final dos anos 1980, no Circo Escola Picadeiro, e foi uma conexão de alma. Não só a convivência, o trabalho, ensaios, pesquisa, mas existia uma química sensorial.”

Villaça reassumiu o projeto, ao lado dos diretores Chico Gomes, Julio Hey, Luiza Villaça e Pedro Moscalcoff. As filmagens aconteceram entre o fim de 2016 e o começo de 2017, concomitantemente com o lançamento do último espetáculo do grupo de palhaços, que, após um ano da perda, reaprendia a sorrir.

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“O filme fez parte do processo de luto. Desde a montagem do espetáculo, a separação de material de acervo: abrir baús, mexer em fotos, textos, figurinos. Ainda estávamos anestesiados”, conta Luciana. “Fernando e eu nos apoiamos muito um no outro, entre momentos muito difíceis e emotivos, e outros empolgantes e felizes, pois, no fim, era a realização de um sonho.”

O luto, contudo, não faz de Pagliacci um filme triste. Os bastidores da vida de artistas circenses – e como eles abraçaram a vocação —, os ensaios e o legado deixado por Montagner dão leveza à produção, enquanto provocam risos, acompanhados de uma pontada de saudade do ator.

 

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