O inédito texto do autor de ‘Marília de Dirceu’
Pesquisador brasileiro descobriu, em Portugal, o desaparecido prólogo que o poeta árcade Tomás Antônio Gonzaga escreveu para seu clássico
O próprio imperador dom Pedro II estava na sessão do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, em 1872, quando se anunciaram notícias da província de Minas. Assim informa a ata do encontro: “Uma caixinha forrada de veludo contendo os instrumentos cirúrgicos de que se serviu Tiradentes” havia sido encontrada por lá. Outra relíquia relacionada à Inconfidência Mineira fora descoberta. Diz a ata: “Um volume manuscrito, com todas as probabilidades, atribuído ao desditoso Gonzaga”. O “desditoso” era o poeta português Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810), que fora extraditado para Moçambique em 1792, por ter participado do movimento mineiro contra Portugal. No manuscrito mineiro, haveria um prólogo para a segunda parte de Marília de Dirceu, a coleção de poemas amorosos que fez a fama literária do poeta inconfidente. O manuscrito do poeta foi considerado naquela reunião como “precioso documento de nossa história e de nossa literatura” — mas, ao que parece, nunca foi editado. O tal prólogo não consta das primeiras edições de Marília de Dirceu, no fim do século XVIII, nem das inúmeras reedições dos séculos posteriores. Mas um museólogo carioca radicado em Portugal, Luiz Guilherme Machado, achou uma cópia desse documento perdido da história e da literatura do Brasil.
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