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Morre o escultor Francisco Brennand, aos 92 anos

O artista pernambucano estava internado há 10 dias devido a uma infecção nas vias respiratórias

Por Amanda Capuano Atualizado em 19 dez 2019, 15h23 - Publicado em 19 dez 2019, 14h21

Morreu na manhã desta quinta-feira, 19, o pintor e escultor pernambucano Francisco Brennand, aos 92 anos. O artista, conhecido por seus trabalhos com cerâmica, estava internado há 10 dias no Real Hospital Português em decorrência de uma infecção nas vias respiratórias, e não resistiu às complicações da doença. O velório será aberto ao público e acontecerá a partir das 16h na Capela Imaculada Conceição, na Oficina de Cerâmica Francisco Brennand, no bairro da Várzea em Recife. O local do sepultamento ainda não foi divulgado.

Nascido em 11 de junho de 1927, Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand deu os primeiros passos na carreira artística aos 15 anos, em 1942, quando aprendeu a modelar argila com o artista Abelardo da Hora, então funcionário da fábrica de cerâmica de seu pai. Em 1949, partiu para a Europa para estudar arte com nomes como André Lhote e Fernand Léger. Foi durante esse período que Brennand entrou em contato com as obras de Joán Miró e Pablo Picasso, que influenciaram fortemente seu trabalho. 

Famoso pelas cerâmica, Brennand ganhou o mundo com murais artísticos no Brasil e nos Estados Unidos, entre 1958 e 1999. O artista, porém, ostentava habilidade admirável nas mais diversas áreas: era também pintor, escultor, desenhista, tapeceiro, ilustrador e gravador – um nome marcante na cultura artística pernambucana. Na pintura, utilizava linhas simples e cores vibrantes para retratar elementos da natureza como flores, frutas e animais.

Brennand, que atendia pelo apelido de “mestre dos sonhos”, iniciou em 1971 a reconstrução da Cerâmica São João da Várzea, fundada pelo seu pai no bairro da Várzea, na cidade de Recife. O artista transformou as antigas ruínas de sua família num extraordinário ateliê a céu aberto. Suas grandes esculturas – que unem o arrojo modernista a influências da cultura popular nordestina e de certa estética medieval – são belezas inescapáveis na paisagem urbana da capital pernambucana.

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