Morre, aos 95 anos, o artista plástico Mário Cravo Júnior
Escultor teve falência múltipla de órgãos, depois de ser internado com pneumonia
O artista plástico Mário Cravo Júnior morreu na manhã desta quarta-feira (1), aos 95 anos, por falência múltipla de órgãos. O baiano estava internado no Hospital Teresa de Lisieux, em Salvador, desde o último dia 17, por causa de uma pneumonia.
Pintor, escultor e gravador, Cravo é considerado um dos maiores artistas plásticos do Brasil e deixa um legado de obras em espaços públicos da capital baiana, como o Monumento da Cruz Caída, localizado na Praça da Sé, e a Fonte da Rampa do Mercado, entre o Elevador Lacerda e o Mercado Modelo.
Com 15 anos, Cravo começou a fazer seus primeiros desenhos e esculturas. Depois disso, trabalhou nos ateliês do artista baiano Pedro Ferreira e do escultor Humberto Cozzo. Em 1947, Cravo ainda se tornou aluno especial do escultor Ivan Mestrovich na Universidade de Syracuse, nos Estados Unidos.
De volta ao Brasil, foi um dos propulsores do movimento de arte moderna junto com Carlos Bastos, Genaro de Carvalho e Carybé a partir de 1949. Em 1954, aos 31 anos, Cravo se graduou em Belas Artes pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e, depois disso, tornou-se livre docente da cadeira de gravura da instituição.
Mário deixa a esposa, Maria Lúcia Ferraz Cravo, com quem se casou em 1945. Os dois tiveram quatro filhos. O primeiro deles, Mário Cravo Neto, que se tornou escultor e fotógrafo, morreu em 2009, de câncer de pele.