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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
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Galeria exibe Tarsila, Portinari e Di Cavalcanti gratuitamente

Espaço em Porto Alegre surgiu a partir de coleção privada e é aberto ao público

Por Paula Sperb
Atualizado em 19 jul 2018, 19h11 - Publicado em 19 jul 2018, 18h17

Ao virar o quadro, percebe-se alguns carimbos e certificados que indicam o caminho percorrido pela obra por acervos de locais renomados como o Museu d’Orsay, em Paris, e a casa de leilões Christie’s, em Londres. Na frente, enxerga-se a gravura de autoria de Pablo Picasso. A criação do espanhol é uma entre diversas obras importantes que podem ser visitadas gratuitamente em uma galeria particular no centro histórico de Porto Alegre, que guarda verdadeiros tesouros artísticos.

Funcionando desde 2012 em um amplo e iluminado sobrado revitalizado de três andares, no número 649 da rua Duque de Caxias, a Galeria Duque abriga obras de artistas como Cândido Portinari, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Iberê Camargo, Vasco Prado, Xico Stockinger e Alfredo Ceschiatti.

Se para ver o famoso Abaporu, de Tarsila é preciso viajar até Buenos Aires e pagar ingresso para entrada no Malba (Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires) ou ter ido a Nova York para ver sua exposição, encerrada há pouco tempo, no Moma (Museu of Modern Art), para observar de perto diferentes obras dos modernistas brasileiros não é preciso desembolsar nenhum valor na galeria porto-alegrense..

“Antes de ser uma galeria que compra e vende obras, aqui é um espaço cultural para passar um pouco da arte para as pessoas e receber alunos de escolas e universidades”, disse a VEJA o galerista Arnaldo Buss, de 63 anos, responsável pelo local. A galeria conta com a curadoria de Daisy Viola, professora e ex-diretora do Atelier Livre, da prefeitura de Porto Alegre.

Natural de Santa Rosa, Buss também é artista. Trabalhando em uma fábrica de tintas de São Paulo desde 1978, estabeleceu uma rede de relações no meio artístico que facilitou o acesso a diversas obras, que antes da Galeria Duque faziam parte de sua coleção particular. “Minha casa parecia um depósito de arte. Comecei a pensar: ‘o que fazer com isso?’. São muitas peças garimpadas, raras, importantes na arte brasileira. Seria um egoísmo guardar sem que as pessoas pudessem ver”, explica.

Arnaldo Buss, de 63 anos, no sobrado revitalizado que abriga a Galeria Duque, em Porto Alegre (Paula Sperb/VEJA.com)

“Nem todas obras chegam limpas e prontas. Às vezes a moldura é muito antiga, judiada. Outras vezes a moldura tem cupim. Alguns quadros precisam de limpeza, restauro”, conta.

O espaço já faz parte do roteiro turístico de quem visita Porto Alegre em busca de cultura e história. “Vem muito estrangeiro aqui porque nosso folder é distribuído pelo departamento de turismo da prefeitura”, conta. Na galeria, o “Grupo de Bagé”, como ficaram conhecidos os artistas Danúbio Gonçalves, Carlos Scliar, Glauco Rodrigues e Glênio Bianchetti também podem ser vistas.

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Galeria Duque tem tesouros artísticos do modernismo brasileiro para visitação gratuita (Paula Sperb/VEJA.com)

A coleção de Buss foi formada a partir de indicações de pessoas que estavam vendendo os patrimônios da família e leilões. No mercado convencional, sairiam mais caro, explica o galerista. “Muitas pessoas que sabiam que eu gostava de arte me avisavam quando alguma família estava se desfazendo de obras, avisam de leilões no Brasil inteiro. Venho garimpando desde então”, explica.

Em maio, uma exposição relembrou a mostra Eco 92 e expôs obras de Tomie Othake, Carlos Vergara e Arcângelo Ianelli, além de Carlos Scliar e Carybé, entre outros. Artistas em atividade no Rio Grande do Sul também expõem no local. A mostra atual, Entrelaçamentos, reúne os trabalhos de Ruth Schneider, Maria Lídia Magliani, Tereza Albano, Lilia Manfroi e Ana Nunes.

 

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