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Morre aos 84 anos o cineasta italiano Ettore Scola

Por Da Redação
19 jan 2016, 20h11

Morreu nesta terça-feira, aos 84 anos, o cineasta italiano Ettore Scola. De acordo com o site do jornal Corriere Della Sera, ele estava em coma desde domingo no setor de cardiologia do Hospital Policlinico, em Roma. Scola dirigiu, entre outros filmes, Aquele que Sabe Viver (1962), Um Dia Muito Especial (1977), A Família (1987), Feios, Sujos e Malvados (1976), que lhe rendeu o prêmio de melhor direção no Festival de Cannes, e O Terraço (1980), pelo qual ganhou o prêmio de melhor roteiro na mostra francesa.

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Um dos maiores nomes do cinema italiano, Scola trabalhou com estrelas como Marcello Mastroianni, Vittorio Gassman e Sophia Loren. O diretor era casado com Gigliola Scola, com quem teve duas filhas, Silvia Scola, Paola Scola, que também seguiram carreira no cinema.

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Nascido em 10 de maio de 1931 em Trevico, ele estudou direito e passou pelo jornalismo antes de estrear como roteirista de cinema, em 1953, e na direção com o longa Fala-me de Mulheres, em 1964. O reconhecimento no cinema veio com Conseguirão os Nossos Heróis Encontrar o Amigo Misteriosamente Desaparecido na África? (1968). Seu último filme foi Que Estranho Chamar-se Federico (2013), uma homenagem a Federico Fellini (1920 – 1993), que encerrou a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo de 2013.

Além dos prêmios em Cannes, Scola foi laureado com um Urso de Prata no Festival de Berlim de 1984, por O Baile, e três estatuetas no César, considerado o “Oscar francês”, por O Baile, Um Dia Muito Especial e Nós que Nos Amávamos Tanto (1974).

Repercussão – Amigos, artistas e políticos manifestaram pesar pela morte de Scola. O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, afirmou que ele dominava a “incrível capacidade de leitura da Itália, desde sua sociedade até suas mutações, sentimentos ao longo do tempo e consciência social”, afirmou o premiê. O ministro da Cultura italiano, Dario Franceschini, descreveu Scola no Twitter como “um grande mestre, um homem extraordinário, jovem até o último dia de sua vida”.

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A atriz italiana Stefania Sandrelli também lamentou a morte de Scola. “Ternura, paixão e a ironia do último beijo que trocamos em 10 de julho nos jardins da Cinecittà na frente de sua amada Gigliola, Paola e Silvia permanecerão em meus lábios para sempre”, disse ela. O escritor Roberto Saviano recorreu ao Facebook para prestar sua homenagem. “A memória daqueles dias nos manterá unidos para sempre”, escreveu, junto com um link de um vídeo que mostrava um trecho de Nós que Nos Amávamos Tanto.

O ator Giancarlo Giannini lembrou que começou sua carreira com um trabalho de Scola. “Comecei com ele fazendo Ciúme à Italiana (1970) e depois O Jantar (1998). Nos víamos com frequência e sua inteligência sempre me surpreendia. Foi um grande diretor e um grande homem, com uma grande vontade de viver. Um homem de humanidade incrível.”

“Participei do filme A Família e foi uma grande experiência profissional e de vida estar ao lado de um homem de grandíssima inteligência e ironia”, ressaltou o produtor e ator Andrea Occhipinti. “Com ele, perdemos um grande homem, um homem curioso sobre tudo o que acontecia, nunca hipócrita e sempre com uma mente aberta”, acrescentou.

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(Da redação, com agência EFE e Estadão Conteúdo)

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