Que Estranho Chamar-se Federico, homenagem de Ettore Scola a Federico Fellini, fecha a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em 31 de outubro, dia exato em que se completam 20 anos de morte do diretor de Amarcord e A Doce Vida.
Macaquinho carismático de ‘Amazônia’ abre Festival do Rio
Festival do Rio começa nesta 5ª e quer ganhar a cidade
Festival do Rio divulga programação da Première Brasil
Quem confirma a vinda do filme que mais comoveu o público do Festival de Veneza é a diretora da Mostra, Renata Almeida. Ela esteve presente na Itália à sessão histórica de Como É Estranho Chamar-se Federico – Scola Conta Fellini, saiu do cinema diretamente atrás da autorização para trazer o longa ao festival paulistano. A executiva negocia agora a presença de Scola, que está com 82 anos.
Em Veneza, as reações ao filme foram, até certo ponto, surpreendentes. A sessão de gala foi uma emocionante catarse italiana. Até o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, compareceu. E chorou à vontade, como todo mundo, com exceção do diretor.
Com seu jeitão rabugento, Scola se disse incomodado com as reações emocionais. “Não fiz o filme para que chorassem, fiz para homenagear um amigo querido”, resmungou em entrevista. Quando lhe disseram que não eram lágrimas de tristeza e sim de “emoção estética”, não se deu por vencido. “Federico era um homem da alegria e, depois, não se lamenta uma vida tão completa como a dele. Lamenta-se quem viveu em vão ou não conseguiu realizar os seus sonhos, o que não foi de jeito nenhum o caso dele.”
(Com Estadão Conteúdo)