Madonna confirma show em Israel e diz que não se curva a ‘agenda política’
Cantora vai se apresentar na final do concurso musical Eurovision, que começa nesta terça e vai até sábado
A estrela pop Madonna explicou nesta terça-feira, 14, sua decisão de se apresentar no concurso musical Eurovision em Israel nesta semana, afirmando que sempre vai defender os direitos humanos e espera encontrar “um novo caminho rumo à paz”.
Madonna fará uma participação especial durante a final do Eurovision em Tel Aviv, no domingo. A realização do evento na cidade israelense provocou protestos de ativistas pró-palestinos, que querem que empresas, artistas e governos se desvinculem de Israel.
Pressionada, Madonna disse que apoia todos os direitos humanos, mas que não vai cancelar o show. “Eu nunca vou parar de cantar para me encaixar na agenda política de alguém, nem vou parar de me manifestar contra violações de direitos humanos em qualquer lugar do mundo”, disse a cantora em comunicado enviado à agência Reuters.
“Meu coração se parte toda vez que ouço sobre vidas inocentes que são perdidas nesta região e sobre a violência que é tão comumente perpetuada para se enquadrar em objetivos políticos de pessoas que se beneficiam desse conflito antigo. Espero e rezo para que nos libertemos em breve desse terrível ciclo de destruição e criemos um novo caminho rumo à paz”, afirmou.
O concurso conta com músicos de mais de quarenta nações e a edição de 2018 foi vista por mais de 189 milhões de telespectadores em cerca de cinquenta países europeus. Israel recebe o Eurovision após a cantora local Netta Barzilai ganhar a edição de 2018. O país vencedor tradicionalmente apresenta o evento no ano seguinte.
Madonna, de 60 anos, deve cantar duas músicas em Tel Aviv, uma de seu álbum Madame X, que será lançado em junho. A artista levou suas turnês mundiais para Israel em 2009 e 2012 e é seguidora da Cabala, uma tradição mística judaica.