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Colecionador do ‘tesouro’ fala em 80.000 obras queimadas pela polícia nazista

Em documento escrito na década de 1950, Hildebrand Gurlitt revela a origem das cerca de 1.400 telas que diz ter sido 'designado a administrar'

Por Da Redação
18 nov 2013, 19h12

Foi divulgado nesta segunda-feira um texto escrito por Hildebrand Gurlitt, colecionador do período nazista que teria sido responsável pela formação do agora chamado “tesouro nazista”, o conjunto de cerca de 1.400 obras encontradas em Munique. No documento, escrito na década de 1950, ele explica a origem de sua coleção. O tesouro de Munique foi encontrado no apartamento de Cornelius Gurlitt, filho do colecionador, e inclui obras de Pablo Picasso, Otto Dix, Marc Chagall e Henri Matisse, entre outros. Desde a revelação da descoberta, no início do mês, o governo alemão tem sido pressionado para revelar a origem dos quadros.

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Gurlitt conta ter obtido uma grande quantidade de obras das mãos de pintores, de amigos e clientes que deixaram o país durante a Segunda Guerra Mundial. Diz também ter comprado de pessoas que preferiram vender por precaução e obras confiscadas, adquiridas ilegalmente, segundo matéria da revista alemã Der Spiegel. Ele ainda afirma ter passado outros objetos para grandes colecionadores. No documento, o colecionador diz ter conhecimento de que outras 80 000 obras foram queimadas pela polícia nazista, a SS (Schutzstaffel).

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O manuscrito termina com a afirmação de que Gurlitt não tinha a intenção de vender a coleção, que ele considerava “não minha propriedade, mas uma espécie de feudo que eu fui designado a administrar”.

No início do documento, o colecionador conta ter vivido, durante a infância, em uma casa frequentada por artistas do expressionismo alemão. Após lutar na Primeira Guerra, ele estudou arte e se tornou curador do museu Frankfurter Zeitung, posição que perdeu em 1928 após confrontos com o partido nazista por causa dos artistas que apoiava. “Eu era jovem e tentei a coisa certa no lugar errado”, escreve.

O texto é escrito em ordem cronológia e uma página, a que provavelmente traria relatos sobre o período do auge do nazismo, não foi encontrada.

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