Cinema cresce, mas filmes brasileiros perdem participação em 2011
Fatia das produções nacionais encolheu 30%, de acordo com dados do informe anual da Ancine
O público – e os negócios – do cinema no Brasil cresceram em 2011, mas, sem uma produção nacional ‘matadora’, como ‘Tropa de Elite 2’ ou ‘Nosso Lar’, de 2010, a participação dos filmes brasileiros no bolo caiu 30%, tanto em ingressos vendidos como em renda bruta. Os dados fazem parte do Informa Anual da Ancine, a Agência Nacional do Cinema, divulgados nesta segunda-feira.
O número total de ingressos vendidos em 2011 chegou a 143,9 milhões, com renda bruta (bilheteria) de 1,44 bilhão de reais, o que, na avaliação da Ancine, põe o Brasil entre os mercados mais importantes do mundo. Em 2010, foram vendidos 134,8 milhões de ingressos, com renda bruta de 1,3 billhão de reais. Em 2010 foram A participação dos filmes brasileiros no mercado de exibição em salas (market share) em 2011 ficou em 12,4%.
Apesar da perda de 30% na participação, a bilheteria dos filmes brasileiros, com cerca de 18 milhões de ingressos vendidos e 163 milhões de reais de renda bruta, está entre as três melhores dos últimos 10 anos.
“O número de filmes de longa-metragem brasileiros lançados, 99 no total, foi o maior dos últimos 10 anos”, destacou o diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel. “Sete filmes brasileiros venderam mais de 1 milhão de ingressos, o que indica uma concentração menor de público em poucos títulos nacionais.”
Os filmes estrangeiros fizeram a festa no Brasil. A renda bruta de bilheteria dos filmes estrangeiros foi de 1,27 bilhão de reais – segundo a Ancine, este número dobrou em cinco anos. Nesse período, o aumento na venda de ingressos foi de 60%. No mesmo período, os bilhetes tiveram aumento de preço de 30%.