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Reitores defendem federalização de universidades do Rio descredenciadas pelo MEC

Estudantes da Gama Filho e da UniverCidade protestaram contra fechamento. Presidente de mantenedora critica MEC e pede paciência aos alunos

Por Da Redação
15 jan 2014, 09h36
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  • Reitores das universidades federais do Rio de Janeiro defendem a federalização da Universidade Gama Filho (UGF) e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), que foram descredenciados pelo Ministério da Educação (MEC) na segunda-feira. Em nota conjunta, os dirigentes das universidades Federal Fluminense (UFF), Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Rural (UFRRJ) e do Cefet afirmam que a redistribuição dos estudantes das UGF e da UniverCidade não será uma tarefa fácil e que poderá se mostrar inviável a curto e médio prazo, agravando ainda mais a situação. “Reafirmamos a nossa disposição para colaborar com o processo de federalização, mantendo o compromisso com a educação de qualidade”, dizem.

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    A federalização das duas instituições também é reivindicada pelos alunos. Na terça-feira, um grupo de estudantes foi à Brasília tentar um encontro com a presidente Dilma Rousseff para propor essa solução. “Sabemos que é possível. Isso já foi feito em situação semelhante”, afirmou o coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Gama Filho, Anderson Diniz.

    Já Alex Porto, presidente da Galileo Educacional, entidade responsável pelas duas universidades, considera a proposta “remota e improvável”. Em entrevista coletiva à imprensa, ele criticou o governo federal e pediu “paciência” aos alunos.

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    “Estamos trabalhando para reverter essa situação. A decisão do MEC foi injusta, ilegal, arbitrária e esdrúxula. Coloca em risco o emprego de 3.000 trabalhadores e cria instabilidade social. Estamos ingressando na Justiça“, disse. Ele afirmou que as universidades estão passando por um processo de reestruturação nos últimos 12 meses.

    Segundo ele, o grupo possui uma dívida total de 900 milhões de reais e imóveis avaliados em 1 bilhão de reais. A atual situação financeira, reconheceu, é delicada, com mais despesas do que receitas. “Uma recuperação não se resolve em 12 meses. O plano de capitalização está em curso e depende de ajustes, mas temos convicção de que será finalizado”, declarou.

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    Protestos – Representantes dos cerca de 9 500 alunos das instituições afirmam que dirigentes das universidades se recusam a recebê-los. Os portões das unidades estão fechados e o único canal de comunicação oferecido aos alunos pelo grupo Galileo é um email (reitoria@ugf.br).

    Revoltados com a situação, cerca de 150 estudantes fizeram uma manifestação na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio, na terça-feira. “Roubaram cinco anos da minha vida. Não sei o que vou fazer. Trabalhei cinco anos para pagar a faculdade e não tenho como pagar outra”, disse a operadora de telemarketing Fernanda Silva Freitas, que está no último período de história.

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    Caos – Fundada em 1939, a Gama Filho é uma das universidades mais tradicionais do Rio de Janeiro. Hoje, vive um cenário de caos. Entre os problemas enfrentados pela unidade e também pela UniverCidade, estão desde de cadáveres que seriam utilizados em aulas e hoje estão em decomposição pela falta de formol até diários de classe completamente desatualizados.

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    Alunos temem perder o último ano letivo, assim como ter de “refazer” semestres já cursados. Este é o caso de Guilherme Pereira, de 20 anos. Aluno do nono semestre do curso de direito, ele calcula que teria de voltar para o sexto período em caso de transferência: “As grades curriculares da minha área são muito diferentes no Rio de Janeiro. Para não regredir, teria de pagar duas faculdades.”

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    (Com Estadão Conteúdo)

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