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Para Roger Werner Koeppl, reciclar dá futuro. Cooperar também

Um dos vencedores do Prêmio Jovens Inspiradores, o paulista introduziu conceitos de eficiência ao negócio das cooperativas. E quer espalhar o modelo

Por Nathalia Goulart
28 nov 2012, 21h06
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    Promovido por VEJA.com e Fundação Estudar, o Prêmio Jovens Inspiradores pretende revelar líderes para o Brasil. Ao longo de 2012, selecionou estudantes ou recém-formados com espírito de liderança e compromisso com a excelência. Os vencedores ganharam iPads, bolsas de estudo no exterior e orientação profissional (mentoring)

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    Roger Friedrich Werner Koeppl (assista ao vídeo), de 24 anos, é um jovem hiperativo. Irrequieto, gesticula muito e tem dificuldade para se concentrar em atividades que considera pouco dinâmicas. Sempre imaginou que trabalhar em um escritório seria tão limitante para sua criatividade quanto viver em uma prisão. Por isso, e também por influência do pai, escolheu trabalhar no chão de uma fábrica, colocando a mão na massa, suando a camisa e resolvendo problemas práticos que surgem no dia a dia. O conhecimento teórico necessário à empreitada veio do curso de processos de produção, na Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec-SP).

    O perfil dos demais vencedores do PJI:

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    Também foi a vontade de dar solução a problemas que levou Roger a se inscrever, no início deste ano, no Prêmio Jovens Inspiradores. “Em 2010, com as enchentes na região serrana do Rio de Janeiro, fui voluntário da Cruz Vermelha. Ali, percebi que não podia ficar parado, só pensando na minha carreira. Eu precisava produzir impactos positivos nos meios em que eu estava”, conta. O primeiro impacto, calculava Roger, deveria ter duas funções: zelar pelo meio ambiente e produzir riqueza – renda e, é claro, empregos.

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    O primeiro passo foi criar a YouGreen, cooperativa com uma missão bem definida: transformar óleo de cozinha descartado em sabão em pedra, reduzindo assim o impacto ambiental. Afinal, cada litro de óleo descartado sem tratamento pode contaminar até 20.000 litros de água. Reciclar óleo foi só o começo para Roger, que tinha outros números em mente. Cada brasileiro descarta em média 1 quilo de resíduos sólidos por dia, sendo que um terço daquele quilo poderia ser reciclado – o que ainda não acontece. O prejuízo não é só do ambiente. É também do bolso: estima-se que o Brasil desperdice ao menos 8 bilhões de reais ao ano ao desprezar materiais que poderiam ser reciclados. “Temos aí a nossa oportunidade”, escreveu Roger em seu texto de inscrição no Prêmio Jovens Inspiradores. A ideia seria desenvolvida nos meses seguintes, nas várias etapas do Prêmio. Finalmente, na etapa final, diante dos jurados, Roger sintetizou a importância da estratégia, que ajudaria a consagrá-lo um dos vencedores do concurso: “Trata-se de um modelo de desenvolvimento não só econômico, mas também social e ambiental.”

    Roger tem apenas 24 anos, mas já acumula uma rica experiência profissional, com passagens por empresas que atuam em setores como tecnologia e indústria automobilística. Em todas, buscava o equilíbrio entre as atividades que produzissem frutos financeiros e também sociais. Em 2011, decidiu migrar de vez do mundo corporativo para o cooperativo. “Eu me apaixonei pela causa.” A paixão o levou a Montreal, no Canadá, para um fórum de economia solidária. Voltou decidido a colocar a YouGreen de pé. Encontrou o que buscava, mas ainda assim deparou-se com um problema: “Muita gente vem tentando trabalhar com materiais recicláveis. Mas encontrei um denominador comum na grande maioria das iniciativas que tratam do tema com viés social ou ambiental: a falta de profissionalismo.”

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    Para enfrentar o problema, o projeto de Roger prevê levar para as cooperativas as práticas que garantem a eficiência de empresas privadas. “A ideia é fundir os mundos, selecionar o que há de melhor em cada lado.” Ele está certo: isso é mesmo possível. As cooperativas não deixam empresa nenhuma para trás. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), esse modelo de produção mantém 100 milhões de empregos diretos no mundo todo; em 2008, as 300 maiores cooperativas do mundo movimentaram 1,6 trilhão de dólares. “Cooperativismo funciona em todas as partes do mundo. Precisamos fazer com que ele funcione também no Brasil.”

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