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MEC não recolherá livro que incentiva aluno a falar errado

Em audiência no Senado, ministro Fernando Haddad diz que livro não deve ser julgado por trecho isolado

Por Gabriel Castro
Atualizado em 31 out 2017, 11h47 - Publicado em 31 Maio 2011, 13h10
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  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que o MEC não ordenará o recolhimento do livro Por Uma Vida Melhor, distribuído pelo governo federal em escolas públicas do país. A obra incentiva professores a aceitarem, por parte de seus alunos, construções incorretas em sala de aula do ponto de vista da gramática vigente, como “os livro” e “os peixe” – típicas da comunicação oral e informal.

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    Em audiência da Comissão de Educação do Senado, Haddad afirmou que não é possível julgar a obra por um trecho isolado. “Eu não posso fazer uma avaliação de um livro com base numa frase pinçada”, disse, acrescentando que considera que o texto é alvo de “injustiça crassa” por parte dos críticos.

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    Haddad fez ainda um duro ataque aos críticos da obra, que, segundo ele, fazem as críticas sem lerem o livro. “Há uma diferença entre o Hitler e o Stálin que precisa ser devidamente registrada. Ambos fuzilavam seus inimigos, mas o Stálin lia os livros antes de fuzilá-los. Essa é a grande diferença. Estamos vivendo, portanto, uma pequena involução, estamos saindo de uma situação stalinista e agora adotando uma postura mais de viés fascista, que é criticar um livro sem ler”, disse.

    A oposição questionou ainda o ministro sobre outras ações controversas recentes. É o caso dos livros de história distribuídos na rede pública de ensino que adotam uma leitura ideológica acerca de acontecimentos recentes, especialmente relativos ao governo Lula. Os parlamentares criticaram também o chamado “kit-gay”, conjunto de vídeos e cartilha que o MEC pretende distribuir a escolas para combater práticas homofóbicas.

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    A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) pediu mais transparência nos critérios de avaliação dos livros distribuídos pelo MEC. “Para acabar com isso, seria interessante que nós pudéssemos clarear essa avaliação, dar transparência a ela. Peço ao Tribunal de Contas da União que intervenha nisso.”

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