Fuvest 2017: 21% das vagas serão reservadas ao Sisu
Conselho da USP decidiu que, das 11.072 vagas do vestibular deste ano, 2.338 estarão no Sistema de Seleção Unificada, que utiliza a nota do Enem
A Universidade de São Paulo (USP) decidiu, na noite da última terça-feira, que 21% do total das vagas do próximo vestibular serão reservadas ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que utiliza a nota do Enem. Em reunião, o Conselho Universitário decidiu que, do total de 11.072 vagas oferecidas pelo vestibular, 2.338 serão destinadas ao sistema. A quantidade representa um aumento de 57% em relação às 1.489 vagas que foram reservadas ao Sisu em 2015.
Leia também:
Fuvest inclui pela primeira vez autor africano na lista de livros obrigatórios
Fuvest 2017: prova da primeira fase será em 27 de novembro
Entre as faculdades que decidiram participar pela primeira vez do processo estão a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU), a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), e a Escola de Comunicação e Artes (ECA), Escola Politécnica (Poli), Faculdade de Odontologia (FO), Instituto de Química de São Carlos (IQSC) e Instituto de Arquitetura e Urbanismo em São Carlos (IAU).
A Poli reservou 10% das vagas no sistema de seleção, sem destinar vagas exclusivamente para os alunos vindos do ensino público. A Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), a Faculdade de Medicina (FM) e o Instituto de Física (IF) estão fora do sistema de seleção.
Por meio de nota, o reitor Marco Antonio Zago, afirmou que o novo critério de ingresso na USP está mais democrático. “Há dois anos, a USP tinha um único tipo de vestibular, representado pela Fuvest. Hoje, temos uma segunda forma de entrada que é muito mais democrática, já que envolve o país inteiro e permite uma reserva de vagas tanto para os estudantes oriundos da escola pública quanto para os estudantes pretos, pardos e indígenas”.
Sisu na Usp
As vagas do Sisu serão distribuídas em três modalidades: 597 ingressos devem ocorrer por ampla concorrência, 1.155 serão destinados aos estudantes que tenham cursado o ensino médio integralmente em escolas públicas, e 586 serão oferecidos a alunos de escolas públicas e autodeclarados ‘pretos, pardos e indígenas’ (essa denominação é usada de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística – IBGE).
A reunião também discutiu o alto número de vagas remanescentes no primeiro ano da USP no Sisu. No ano passado, 45% das vagas deixaram de ser preenchidas, de acordo com a universidade. Nenhum candidato atingiu a nota suficiente para ser selecionado em onze cursos de graduação.
Metas
Em 2018, segundo o Jornal da USP, a universidade pretende ter metade dos alunos novos, em cada curso e turno da instituição, oriundos da rede pública de ensino, sendo 35% autodeclarados “pretos, pardos e indígenas”. Essa porcentagem é a mesma proporção dessas populações no Estado de São Paulo, segundo o censo demográfico de 2010.