Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Crise é oportunidade para intercâmbio

Por Natalia Cuminale Crise mundial, dólar instável, desemprego em alta, crédito em baixa e o principal: insegurança sobre o que irá acontecer com a economia no futuro próximo. Esses podem ser motivos mais do que suficientes para muita gente adiar, reprogramar ou até mesmo cancelar uma viagem para o exterior a fim de realizar intercâmbio […]

Por Da Redação
16 mar 2009, 13h37
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Por Natalia Cuminale

    Publicidade

    Crise mundial, dólar instável, desemprego em alta, crédito em baixa e o principal: insegurança sobre o que irá acontecer com a economia no futuro próximo. Esses podem ser motivos mais do que suficientes para muita gente adiar, reprogramar ou até mesmo cancelar uma viagem para o exterior a fim de realizar intercâmbio estudantil ou profissional. Porém, antes de tomar qualquer decisão a respeito, é importante ponderar sobre os reais objetivos da viagem, segundo explicam especialistas ouvidos por VEJA.com. Ricardo Rocha, professor de finanças pessoais do Ibemec São Paulo, é categórico: para manter os planos em momentos de incerteza, o projeto educacional deve ser “maior do que a crise”. “Se a pessoa se planejou, tem os recursos necessários para fazer a viagem, então vá. A crise não deve cancelar esses investimentos”, aconselha. Ele lembra que a experiência no exterior pode aumentar as chances de trabalho na volta.

    Publicidade

    Rocha explica que é importante ter disciplina, fazer sacrifícios e priorizar certos gastos para alcançar o objetivo. “Se sobrou dinheiro, compre dólares e guarde. É muito difícil fazer uma projeção de quanto estará a cotação da moeda no futuro, e a chance de errar é grande”, diz. Para os mais disciplinados, o professor indica a abertura de um fundo cambial, sem o objetivo de especular e obter lucros, mas, sim, com a finalidade de proteção contra as oscilações do câmbio.

    Até logo, Sydney – A turbulência econômica já provoca uma queda significativa na procura por intercâmbio, trabalhos em outras nações e até mesmo viagens para diversão. Segundo a Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav), de novembro até janeiro, a procura por viagens internacionais registrou queda entre 25 e 30%. “O turismo é sempre o primeiro a sofrer impacto de uma crise, mas também é o primeiro a sair. Viajar é uma necessidade ‘psico-social'”, aposta Leonel Rossi Jr., diretor de Assuntos Internacionais da Abav. “O setor registra queda porque as pessoas estão esperando um pouco para ver o que pode acontecer na economia”, afirma Roberto Caldeira, diretor comercial da agência Experimento.

    Publicidade

    Edmilson Ferreira de Lima, de 21 anos, estudante de administração, é um dos que foram atingidos pelo receio sobre o futuro. Ele planeja aperfeiçoar o inglês e trabalhar em Sydney, na Austrália, mas já deixou a empolgação de lado e redobrou a cautela na programação do intercâmbio. “Estou fechando o meu orçamento, quero dar uma entrada um pouco maior para não ficar apertado pagando as parcelas por muito tempo. Fora isso, fico com o pé atrás de ir para lá e não conseguir um emprego”, diz.

    Continua após a publicidade

    “25% off” – A crise traz incertezas, mas, como sempre, há o verso da moeda. Com o desaquecimento do mercado, as empresas de intercâmbio ampliam suas promoções. “Lançamos alguns pacotes para destinos alternativos, promoções na inscrição e taxa do dólar ‘congelada’, a 1,95 real”, explica Caldeira, da Experimento. Um curso de quatro semanas de italiano em Florença, berço do Renascimento, sai agora 25% mais barato; inglês nos Estados Unidos, 20%; na Irlanda, 10%; na Inglaterra, 15%.

    Publicidade

    Já a True Experience aposta no ensino da língua inglesa na Cidade do Cabo, na África do Sul. O programa de quatro semanas lá caiu de 2.090 dólares para 1.699 dólares. O parcelamento do pagamento voltou a ser prática adotada por algumas centrais de intercâmbio. O curso de espanhol de quatro semanas oferecido pela Student Travel Bureau (STB) pode ser dividido em até 10 vezes.

    Rotas alternativas – Quem está mesmo disposto a estudar fora, tem ainda outra alternativa à crise: países como Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e Canadá. Enquanto a recente alta do dólar americano encareceu taxas, as moedas australiana e neozelandesa se mantiveram praticamente estáveis, segundo explica Caldeira, da Experimento. No fim de 2008, o dólar canadense também subiu, mas pouco, se comparado ao valor adquirido pela moeda americana.

    Publicidade

    Para aqueles que resistem em abrir mão de destinos mais tradicionais, como os Estados Unidos ou a União Europeia, ainda restam opções. De acordo com Victor Hugo Baseggio, sócio-fundador da Central de Intercâmbio (CI), estudantes que antes reservavam um mês só para passear pelos países visitados já reduziram o tempo de lazer para duas semanas. Outra opção é procurar hospedagem mais barata. “O estudante não compra mais o passe de trem, por exemplo, que era um custo adicional. E faz ajuste até na carga horária do curso”, explica Baseggio. Outro exemplo: quem pretendia fazer o High School por um ano em uma escola privada na Austrália, pode mudar os planos e estudar por seis meses no Canadá. Nesse caso, o custo pode cair até 40%.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.