O governo dos Estados Unidos vai liberar um pacote de 16 bilhões de dólares (aproximadamente 64,8 bilhões de reais) para agricultores em um pacote de auxílio, elaborado para compensar os danos financeiros causados por disputas comerciais com a China e outras nações, com os pagamentos sendo baseados por condados, e não por commodities. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 23, pelo presidente Donald Trump.
Os produtores receberão o primeiro pagamento direto, de 14,5 bilhões de dólares (58,7 bilhões de reais, ) em julho ou agosto, com as liberações de recursos subsequentes previstas para o final do outono no Hemisfério Norte e para o início de 2020, dependendo do progresso das negociação comerciais, afirmou em teleconferência o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês).
“Será uma taxa única para cada condado. Ela irá variar de condado para condado”, disse o economista-chefe do USDA, Robert Johansson, na conferência.
Em julho do ano passado, o presidente já havia liberado 12 bilhões de dólares (48,6 bilhões de reais) para agricultores afetados por tarifas impostas pela China.
O presidente norte-americano, Donald Trump, solicitou que o USDA elaborasse um novo pacote de auxílio, uma vez que a disputa comercial entre os EUA e a China se intensificou, com ambos os lados elevando as taxas sobre os produtos um do outro. Os agricultores dos EUA, importante eleitorado que ajudou a levar Trump à Casa Branca em 2016, estão entre os mais afetados pela guerra comercial com a China, antes destino de mais de 60% das exportações norte-americanas de soja.
A disputa deixou os agricultores dos EUA com volumes recordes de soja estocados, pois prejudicou as aquisições da oleaginosa pelos chineses. Há poucas perspectivas de uma resolução imediata para a questão comercial. Produtores da região central dos EUA, que estão no processo de plantio de milho e soja, vem enfrentando dificuldades também pelas chuvas intensas.