Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Setor público tem déficit primário de R$ 2,3 bi em fevereiro

Resultado foi pior que o esperado por analistas consultados pela Reuters, cuja mediana apontava saldo positivo de R$ 1,5 bilhão

Por Da Redação
31 mar 2015, 11h15
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O setor público brasileiro (governo federal, Estados, municípios e estatais federais) registrou déficit primário de 2,3 bilhões de reais em fevereiro, informou o Banco Central (BC) nesta terça-feira. O resultado, puxado por um forte resultado negativo do governo central foi pior que o esperado por analistas consultados pela Reuters, cuja mediana apontava saldo positivo de 1,5 bilhão de reais.

    Publicidade

    O resultado primário negativo de fevereiro foi composto por déficits primários de 6,671 bilhões de reais do governo central (governo federal, Banco Central e Previdência Social) e de 828 milhões de reais de empresas estatais, não integralmente compensados pelo superávit primário de 5,2 bilhões de reais de Estados e municípios.

    Publicidade

    Em 12 meses até fevereiro, o déficit primário ficou em 0,69% do Produto Interno Bruto (PIB), recorde para as contas públicas. O BC informou ainda que o déficit nominal ficou em 58,63 bilhões de reais no mês passado, enquanto a dívida pública líquida representou 33,76%, considerando a nova metodologia para o cálculo do PIB, abaixo dos 36,6% de janeiro. Já a dívida bruta atingiu 65,5% do PIB ante 64,4% do PIB em janeiro.

    “Ainda não há reflexo das medidas. É momento ainda de transição, em que se busca readequação de receitas e despesas”, disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, dizendo que os efeitos do ajuste fiscal serão observados mais à frente.

    Publicidade

    No bimestre, o resultado acumula um superávit primário de 18,76 bilhões de reais, o equivalente a 2,19% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o BC, em igual período do ano passado, o resultado havia ficado positivo em 22,05 bilhões de reais. Desde o anúncio da nova equipe econômica para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, o BC vem dizendo que o esforço fiscal tende a seguir o caminho da neutralidade em 2015, podendo até mesmo apresentar um viés contracionista.

    Continua após a publicidade

    Leia mais:

    Publicidade

    Governo central tem o pior resultado para fevereiro desde 1997

    Governo tem rombo de R$ 17,24 bi em contas de 2014, pior desempenho desde 1997

    Publicidade

    Ajuste fiscal – A meta de superávit primário de 2015 é de 1,2% do PIB para o setor público consolidado, um alvo considerado ambicioso após o Brasil ter registrado déficit primário de 0,63% do PIB no ano passado e em meio a forte efeito da economia fraca sobre a arrecadação federal.

    Continua após a publicidade

    Para atingir o alvo deste ano, o governo adotou um duro ajuste fiscal, que enfrenta resistências no Congresso, baseado em aumento de impostos, restrição de gastos, revisão de desonerações e redução de subsídios. O passo seguinte será o anúncio do contingenciamento de despesas do Orçamento a ser feito nas próximas semanas.

    Publicidade

    Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reforçou a necessidade do ajuste fiscal e disse que o que está em jogo é a manutenção do grau de investimento do país.

    (Com agência Reuters)

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.