Após ser questionado sobre os “valores reais” que o governo terá de desembolsar para bancar a redução do custo de energia aos consumidores, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou, nesta terça-feira, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que o valor de repasse à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em 2013 será “possivelmente menor que 9 bilhões de reais, mas será um número expressivo”.
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O secretário disse que o governo decidiu “suportar o custo a mais das térmicas”, que tiveram de ser ligadas devido ao baixo nível de chuvas em 2012. “Isso significa custo elevado do sistema elétrico, que não estava previsto. A rigor, haveria elevação da tarifa e redução. Não achamos esse processo positivo. Entendemos que deveríamos suportar”, justificou.
A proposta de orçamento para 2014 prevê repasse de 9 bilhões de reais para a CDE. Augustin lembrou que esse é o valor previsto e que pode ou não ser completamente usado. O Tesouro Nacional autorizou, nesta terça-feira, mais uma emissão de títulos em favor da CDE, no valor de 2,049 bilhões de reais. Na semana passada, Augustin afirmara que o repasse para a CDE em setembro ficaria entre 1,5 bilhão e 2 bilhões de reais. Em julho, o valor foi de 500 milhões de reais e, em agosto, de 1,5 bilhão de reais.
O assunto foi colocado em pauta pela senadora Ana Amélia (PP-RS). “Falou-se muito quando o governo citou a política energética para baratear o custo de energia de um porcentual de desembolso do Tesouro para custear a redução do custo aos usuários. As informações que temos é de que esse valor é muito maior do que o previsto”, disse Ana Amélia.
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(com Estadão Conteúdo)