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Renda de domésticos salta 64%, mas fica abaixo do mínimo

A proporção de empregadas domésticas com até 29 anos de idade caiu mais de 30 pontos porcentuais em 20 anos: de 51,5% em 1995 para 16% em 2015

Por Da redação
Atualizado em 6 mar 2017, 13h54 - Publicado em 6 mar 2017, 13h50
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    A proporção de empregadas domésticas com até 29 anos de idade caiu mais de 30 pontos porcentuais em 20 anos: de 51,5% em 1995 para 16% em 2015 (Jorge Rosemberg/VEJA)

    A renda das domésticas subiu 64% em 20 anos, atingindo o valor médio de R$ 739 em 2015. Mesmo com o crescimento, o rendimento médio ainda ficou abaixo do salário mínimo da época, que era de R$ 788. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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    No entanto, o trabalho doméstico atrai cada vez menos mulheres jovens no país. A proporção de empregadas domésticas com até 29 anos de idade caiu mais de 30 pontos porcentuais em 20 anos: de 51,5% em 1995 para 16% em 2015, um recuo de 35,5 pontos porcentuais.

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    Já o número de trabalhadoras formalizadas aumentou. Em 1995, 17,8% das empregadas domésticas tinham carteira de trabalho assinada. Em 2015, a proporção de trabalhadores com carteira chegou a 30,4%.

    Segundo o Ipea, a análise dos dados da Pnad sinalizou ainda uma tendência de aumento na quantidade de diaristas no país. Em 1995, as empregadas que trabalhavam por diária eram 18,3% da categoria. Em 2015, 31,7% das domésticas trabalhavam com esse vínculo empregatício.

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    O emprego doméstico ainda era a ocupação de 18% das mulheres negras e de 10% das mulheres brancas no Brasil em 2015.

    Negros x brancos

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    Em 20 anos, a renda média das mulheres negras cresceu oito vezes mais do que o ganho médio dos homens brancos, mas isso foi insuficiente para cobrir o abismo que há entre as duas realidades financeiras. Em 2015, na média, um homem branco ganhava 2.509,70 reais, mais do que o dobro do rendimento médio de uma mulher negra, que ficou em 1.027,50 reais.

    Os dados também foram divulgados nesta segunda pelo Ipea, com dados da Pnad, do IBGE.

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    Conforme o Ipea, as distâncias entre os quatro principais grupos populacionais considerando cor e gênero não se alteram expressivamente ao longo do período. A ordem da desigualdade de renda também se mantém: homens brancos ganham mais, seguidos de mulheres brancas, homens negros e mulheres negras, grupo que recebe menos.

    Em 1995, a diferença entre homens brancos e mulheres negras era muito maior porque elas ganhavam bem menos. Na média, há 20 anos, o rendimento das mulheres negras era de 570,30 reais, em valores já atualizados pela inflação. Os 1.027,50 reais de 2015 representam crescimento de 80,2%.

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    Já o avanço da renda dos homens brancos foi mais modesto. Os 2.509,70 reais de 2015 estão 10,9% acima dos 2.262,60 reais de 1995, também com a inflação descontada.

    (Com Estadão Conteúdo)

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